A colheita é comum, mas o capinar é sozinho
"(...) o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior."
"(...) Viver é muito perigoso; e não é não. Nem sei explicar estas coisas. Um sentir é o do sentente, mas outro é do sentidor."
" A vida inventa! A gente principia as coisas, no não saber por que, e desde aí perde o poder de continuação, porque a vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada."
"Dói sempre na gente, alguma vez, todo amor achável, que algum dia se desprezou... Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e inda mais alegre ainda no meio da tristeza! "
"O que era isso, que a desordem da vida podia sempre mais que a gente?"
"Quem muito se evita, se convive."
"Todo caminho da gente é resvaloso. Mas, também, cair não prejudica demais - a gente levanta, a gente sobe, a gente volta."
"Não ter vergonha como homem é fácil; dificultoso e bom era poder não se ter vergonha feito os bichos animais."
" Sossego traz desejos."
João Guimarães Rosa(1908-1967)
Textos e Citações do livro "Grande Sertão, Veredas"
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