A Importância de ter um ideal na vida
Todos nós somos divinamente destinados a ser algo, mas, em nome da sobrevivência, muitas vezes perdemos o contato com aquilo que dá o sentido à nossa existência.
Levantar-se da cama para começar mais um dia deveria ser motivo de prazer e entusiasmo em nossa vida. Para algumas pessoas, porém, isso até parece um sacrifício. Elas já se levantam cansadas e desanimadas para enfrentar mais um dia de batente.
Quem se sente assim, provavelmente, perdeu o contato com o ideal de sua vida. Sem uma meta à qual dedicar sua existência, o ser humano dificilmente encontra motivação para fazer as coisas, para prosperar, para realizar conquistas. Só quem tem um ideal pode conhecer a verdadeira realização pessoal.
Um ideal de vida é querer ser alguma coisa: um médico reconhecido em sua especialidade; uma gerente de banco com clientes satisfeitos; um artista talentoso; uma vendedora de sucesso; um próspero empresário; uma esteticista que deixa os fregueses mais bonitos; um pedreiro caprichoso; um dono de loja onde as pessoas gostam de comprar; uma cozinheira que delicia os outros com seus pratos.
A pessoa motivada a ser alguma coisa orienta, naturalmente, as ações em direção ao seu ideal. Como alguém que quer atingir o cume de uma montanha, ela vai procurar os caminhos que a levem até lá. A pessoa com um ideal claro na vida é objetiva, sabe o que tem de fazer e considera o fazer como um meio para alcançar sua meta.
Quem tem um ideal tende a investir em si mesmo e a considerar conhecimentos e experiências adquiridos como seu grande patrimônio. Pode perder o emprego ou ser obrigado a mudar de cidade, mas adapta-se às novas situações porque sabe quem é e conhece o seu valor.
Para alguém orientado a ser, os bens que amealha ou a posição que conquista vêm como conseqüência daquilo que se é. O ter é decorrência natural do ser para quem persegue um ideal de vida.
Todos somos divinamente destinados a ser algo, mas nem todos conseguem realizar o ideal de sua vida. Se, quando crianças, costumamos dizer o que queremos ser quando adultos, conforme crescemos, vamos nos ajustando às exigências do nosso mundo competitivo, incorporando os valores e condicionamentos sociais que levam-nos a priorizar o ter: ter um carreira, um apartamento, o carro do ano, o menor celular do mercado. Muitas vezes, a premência de fazer para ter afasta-nos do nosso ideal.
O problema de orientar nossa existência para o ter é que ficamos muito dependentes e apegados ao que temos. No mundo atual, em que torres de aço e concreto desaparecem de uma hora para outra, em que o dinheiro não passa de um amontoado de dígitos na memória de um computador, em que as coisas são cada vez menos palpáveis e mudam tão rapidamente, basear a realização pessoal no ter conduz facilmente à preocupação, à insegurança e à incerteza quanto ao futuro.
Passa-se a vida numa corrida contra o tempo, num esforço constante de fazer coisas para ter cada vez mais, de modo que nos sintamos seguros. E, quanto mais temos, mais é preciso fazer para manter o que temos. Vivendo assim, nem mesmo uma fortuna é capaz de nos proporcionar realização e plenitude. E quando chegamos aos 50 ou 60 anos, por mais bem-sucedidos que tenhamos sido em nossa vida de fazer para ter, sentimos que falta algo.
Como você está conduzindo sua vida: baseado no ser ou no ter?
Se você é uma das muitas pessoas que ao enquadrar-se no jogo da sobrevivência social e perderam o contato com o ideal de sua vida, saiba que a qualquer momento é possível tomar o caminho que leva ao cume da montanha.
Seu ideal de vida está ligado ao que você tem prazer em fazer e à visão mais grandiosa que tem de si mesmo. Por um momento, volte ao estado de simplicidade em que vivia quando era criança e pergunte-se: o que eu quero ser, o que eu sonho ser na vida?
O seu ideal também está ligado aos talentos e aptidões com que você foi aquinhoado ao nascer. Há certas coisas que você faz com facilidade e espontaneidade, pois recebeu de Deus os dons para ser o que é seu destino ser e, assim, realizar-se. Reconheça a sua vocação. Pergunte-se: o que, para mim, é natural fazer?, quais são as minhas habilidades?
Compreenda que, por mais naturais e aflorados que sejam os seus talentos, é preciso burilá-los. É preciso desenvolver técnicas. Você pode ter o ouvido absoluto dos grandes músicos, mas precisa aprender a ler partituras e a tocar um instrumento - e, isso, você não nasceu sabendo.
Acredite que, se você estiver no caminho que o leva à realização do seu ideal, os fatos e as circunstâncias da vida o empurrarão para a frente. Não se limite ou desanime caso não veja, em determinado momento, soluções para as dificuldades que surgirem. Mantenha-se firme na sua escolha e a vida lhe trará, com toda certeza, tudo de que você precisa. Você não tem dinheiro para fazer um curso? O dinheiro aparece. Não tem tempo para estudar? Você é que faz o seu tempo e certamente dará um jeito. A vaga de emprego está muito concorrida? Ela será sua; se não for essa será a próxima, ainda melhor. As portas se abrem para quem sabe o que quer, assume o papel que lhe cabe nesse mundo e tem fé.
Só você pode saber o que é melhor para si. Tenha discernimento nas suas escolhas. Não se deixe contaminar pelo pessimismo e pela amargura de outras pessoas, nem influenciar pelos modelos de sucesso alheio. Sucesso e fracasso são fatores muito relativos. Avalie-os em relação à sua realidade.
Por fim, não tenha medo de experimentar.
Se você não se permitir experimentar, nunca vai saber no que as coisas vão dar. As oportunidades que temos na vida não nos aparecem por acaso; sempre há um propósito por trás delas.
Regina Giannetti
https://www.vialuz.com/desenv/interna.asp?setor=ajuda&interna=301
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