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A Medicina do Beija-Flor

A Medicina do Beija-Flor
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No centro do nosso ser existe um som interior. Podemos aprender a ouvi-lo e distingui-lo de todos os barulhos que enche as nossas mentes. A alma é a nossa voz verdadeira, o caminho para a escuta, uma disciplina e busca constante por um tesouro escondido dentro de nós. Não podemos ter uma compreensão plena de quem é o nosso Eu verdadeiro. Não podemos alcançá-lo, apenas despertá-lo através de um caminho de cura e amor. Não somos o centro do universo mas encontramos o nosso centro verdadeiro no divino. Através do amor do divino nós nos aceitamos como somos e aceitamos todos ao nosso redor, pois a compaixão existe dentro de nós. Tudo em nossas vidas, toda a nossa dor e os nossos tropeços, as nossas divagações, a nossa beleza esquecida, as nossas falhas - tudo pode tornar-se passos em direção à verdade e ao sagrado.

Após esquecer, recordamos novamente o que está implantado em nossos corações. Entre o nosso coração físico e o plexo solar encontra-se o coração espiritual. O coração humano possui uma centelha, um fogo que guarda a luz da Fonte.

O Caminho da Cura do Beija-flor nos ensina a não nos distanciarmos do mundo exterior mas a tornarmo-nos livres internamente. Somos todos os nomes de deus - Terra, Ar, Fogo, Água, Animal, Vegetal e Mineral. Através dos sete nomes transformamos a nossa consciência e encaramos o divino solitário. Quando nascemos, um anjo veio e soprou o espírito em nossos corpos e mais tarde na vida lembramos da Fonte como propósito da nossa existência.

Primeiro, a alma passa pelas demandas do animal dentro de nós, da arrogância, da auto-importância, comiseração, cobiça, inveja, ciúme e raiva. Aprendemos a testemunhar o nosso animal e ego pessoalmente para encontrar a Testemunha Espiritual no coração. Depois, lutamos com a nossa necessidade de ser admirado, ter autosatisfação. Além disso podemos limpar os órgãos do corpo - o fígado, baço, intestinos e curarmo-nos mental, física e espiritualmente. Após esse estágio, a luz divina começa a brilhar dentro de nós e podemos ser destruídos pelo divino, uma morte interna temporária. A partir dessa experiência começa serenidade, contentamento e santidade.

Estamos aqui para recordamo-nos das nossas origens gloriosas, para confrontarmo-nos com o milagre e mistério da vida.

Foster Perry, autor de "Quando um raio atinge um Beija-Flor" e "A Floresta Violeta" –Ed. Ground

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