A Morte é Uma Viagem; Mário Quintana
Que coisa mais enfadonha
foi aquele meu velório
bem que eu preferiria
que ele fosse mais simplório
As pessoas conversavam
e eu sem ter o que dizer
não sabia se ria ou se chorava
pois sentia-me viver
Depois na sopa do pobre
eu fiquei apavorado
o Érico e o Josué
estavam ao meu lado
O Carlos Drumond de Andrade
me abraçava sorridente
então eu pensei comigo
será que estou demente
A médium que me atendeu
com ternura elucidou
o senhor não está louco
o senhor desencarnou
Vieram dois enfermeiros
me seguraram nos braços
perguntei aonde vamos
para um hospital no espaço
Quando lá eu acordei
estava noutra dimensão
então acreditei
e chorei de emoção
Tudo era diferente
o ar, o céu, a paisagem
então não tive mais dúvidas
a morte é uma viagem
A alegria é tamanha
que quase não se controla
obrigado às homenagens
e ao Juares (ora bolas)
Saudades dos meus amigos
do residence, da cidade
agora eu ando por ela
com a mais plena liberdade
A minha sobrinha Helena
o eterno agradecimento
pelo zelo e paciência
com este velho rabujento
Aos senhores vereadores
vai a minha sugestão
que votem sem demora
na lei da cremação
Ao invés de casa para os mortos
que vão para outro lugar
façam casas para os vivos
que não têm onde morar
Mensagem canalizada por Maria de Azambuja (Dorinha) na Sociedade Espírita Ramiro Dávila
Recebido de Vera Helena Tanze
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