ADEUS À CULPA
LIÇÃO 14 - Parte 1
MINHA SEGURANÇA RESIDE EM NÃO ME DEFENDER
O CICLO DA AGRESSÃO
Há uma crença que prevalece no mundo, hoje, de que não é apenas natural, mas sensato, estarmos preparados para nos defender, o tempo todo. Adotamos essa atitude porque acreditamos que o ataque é inevitável e que precisamos estar preparados para a defesa, quando isso ocorrer. De acordo com essa forma de pensar, quanto mais defensivos formos, menos seremos atacados. Essa crença é demonstrada não apenas em nossos relacionamentos pessoais, mas nas nossas relações internacionais com outros países. Fomos convencidos por líderes - cujas visões são apoiadas pela maior parte da população - de que quanto mais armas militares acomularmos, mais fortes seremos. Consequentemente, acredita-se que possuir um número grande de armas é uma garantia de que um outro país vai pensar duas vezes antes de nos atacar. Quando nos colocamos de forma defensiva, estamos encorajando mais ataque e nos esquecendo de que nossa função é perdoar.
Demonstramos uma atitude defensiva, no nível pessoal, de várias formas. A regra do "olho por olho", parece nos dizer, "Se perceber que alguém está lhe agredindo, agrida de volta." Por exemplo, se alguém grita pra você e você não sente que fez alguma coisa para causar sua raiva, grite de volta. Ataque! Ataque! Ataque! Onde há ataque não há amor. Você simplesmente não pode atacar alguém, ou ter pensamentos de agressão contra alguém e estar amando, ao mesmo tempo. Pensamentos de medo e de agressão são acompanhados de culpa; e então medo, culpa, raiva, ataque e defesa tornam-se interrelacionados de forma intrincada.
Quando agimos de acordo com a lei de Deus, a lei do amor, reconhecemos a lei do amor em cada pessoa que vemos e nossas percepções de ataque e defesa deixam de existir. Quando escolhemos não perceber a agressão nos outros, ou em nós mesmos, deixa de existir o medo e podemos experimentar nosso estado natural de não agressão.
ILUSÕES SEM VALOR
Pelo contrário, quando nos sentimos zangados, é porque ainda acreditamos que o medo e a culpa são reais. Algumas vezes tentamos suprimir, ou reprimir nossa raiva, apenas para que ele emerja de uma outra forma, como um ataque ao nosso corpo. Logo, a supressão ou a repressão de nosso sentimentos não é a solução para o problema. A resposta está em reconhecer que o medo, a culpa e a raiva são, elas mesmas ilusões e portanto não têm valor. Quando ficamos conscientes de que alguma coisa não tem valor, estamos em condição de nos libertarmos dela. Ficamos presos apenas ao que valorizamos.
Já discutimos o fato de que temos apenas duas emoções: amor e medo. O amor é nossa herança natural e o medo é algo que nossa mente inventa. O medo não pode ser real. É sempre uma ilusão, originado por nossa má interpretação de termos sido atacados e geralmente é acompanhando de raiva e culpa.
O amor de Deus é a única realidade que existe, é o pensamento de amor é tudo que nossa mente é. Desde quando as mentes não podem atacar - apenas os corpos podem fazê-lo - a ilusão de que somos corpos é uma má interpretação de que estamos separados de Deus, ou um do outro.
O mestre Jesus ensinou-nos muitas vezes durante sua vida nesta terra que a única coisa que tem valor, a única que é real, é o amor. Ele sabia que a sua única relação verdadeira era com Deus e que nela não havia qualquer medo. Tendo a segurança de que seu Pai nunca lhe abandonaria ou o deixaria sem conforto, Jesus demonstrou, continuamente, a nós, o que significa não se colocar na defesa, nas nossas relações com as outras pessoas.
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