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ADEUS À CULPA

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LIÇÃO 14 - Parte 2
No ano passado, recebi uma carta de Joanne Wilson, contando-me sobre a sua experiência em ser indefeso. Gostaria de partilhá-la com vocês.

Caro Dr. Jampolsky,

Ao reler na edição de outubro da revista Unity o seu artido "Minha Segurança reside em não me Defender", decidi lhe escrever sobre uma experiência que tive e que demonstrou que ao não me defender, encontrei minha segurança.

No ano passado, um pouco antes do Natal, tive uma folga à tarde. Como estava nevando muito, meu patrão achou que os clientes não viriam mais. Então, eu aproveitei a oportunidade para fazer compras de Natal. Tinha um presente para comprar em uma outra cidade, a quarenta e três milhas de distância. Como o tempo estava ruim, orei para decidir se deveria ir e senti que sim, por isso fui. Eu me senti quase "guiada" naquele dia.

As estradas estavam terríveis, pensei em voltar muitas vezes, mas continuei. Fui até a loja onde achava que o presente deveria estar, encontrei, comprei-o e sai rapidamente.

O tráfego saindo da cidade estava muito lento por causa das condições escorregadias das estradas, ia-se sempre devagar quando vi um homem que pedia carona. O Senhor vinha me ensinando, há algum tempo, a não ter medo de nada, a superar o meu medo de dar caronas, a substituir o medo pelo amor. Por isso, não hesitei em oferecer uma carona e esse homem.

Ele pareceu hesitar em entrar no meu carro - parecia surpreso que uma mulher lhe estivesse dando carona, particularmente uma mulher branca, pois ele era índio. Mas entrou. Provavelmente estava drogado. À princípio pensei que estivesse bêbado, mas não cheirava a álcool. Parecia aborrecido e doente e quando lhe perguntei para onde queria ir, disse-me que não sabia. Falei-lhe de alguns lugares onde sabia que poderia ser ajudado, mas ele respondeu-me "não". De vez em quando olhava-me de forma sóbria, buscando meus olhos e daí começava a chorar. Debruçando-se sobre as mãos, ele repetia sem parar, "Eu não quero lhe fazer mal, sinto muito". Daí olhava novamente para mim - parecia ficar "sóbrio," olhava-me fixo, mexia no bolso e começava novamente a chorar.

Estava dirigindo atrás de um grande caminhão, por isso a visibilidade era muito limitada. Não vi a barreira, até que parei. Havia carros da polícia no lado da pista e estavam parando cada carro que passava, espiavam dentro e após isto o liberavam. Depois que o caminhão em nossa frente diminuiu a marcha e acelerou novamente, fiquei surpresa de que os policiais nos pedissem para diminuir a marcha e parar. O homem índio me pediu "Não diga a eles quem sou eu", o que eu na verdade não sabia, então, meio sem jeito ele desceu o vidro da janela do seu lado. O patrulheiro chamou-o pelo nome e puxou-o para fora do carro, algemou-o tão rapidamente que eu nem cheguei a entender como tudo aconteceu. Ele me mandou seguir, sem me perguntar nada (o que surpreendeu a mim e ao meu marido, quando eu lhe contei isso mais tarde).

Quando ele foi retirado tão abruptamente de meu carro, fiquei pensando no que eu poderia dizer a esse homem como uma testemunha de Cristo, aí eu lhe gritei antes de me afastar: "Deus lhe acompanhe, amigo".

Ele tinha sido completamente desarmado por minha falta de medo e minha preocupação com ele. Tenho certeza de que tinha uma arma eu seu bolso e que tinha planejado usá-la para forçar alguém a ajudá-lo a fugir. Ao invés disso, ficou confuso e se rendeu. O oficial de polícia não teve qualquer dificuldade em lhe prender. Ele não lutou, estava calmo e até em paz.

Chorei por um tempo a caminho para casa, pensando que devia ter sabido o que lhe dizer para ajudá-lo, ele estava tão confuso e desesperado. Fiquei feliz quando percebi que Jesus tinha querido que eu fosse lá para fazer justamente o que eu fiz. Que a forma de ajudar-lhe, naquele momento, era impedí-lo de fazer alguma coisa que poderia ferir alguém enquanto estava envolto no medo e no desespero.

O amor que Jesus me ensinou que substituiria o medo, se mostrou. Embora eu estivesse indefesa, estava segura naquele momento. Pode se dizer que por estar indefesa, estava segura.

Meu desejo sincero que continue tendo sucesso,

(assinado) Joanne Wilson

P.S. As estradas naquele dia estavam terríveis, mas agradeci durante todo o trajeto e cheguei em casa bem.


O testemunho de Joanne sobre o poder de estar indefesa numa situação muito difícil é certamente um exemplo dramático e forte da lição de hoje. É também um testamento da sua disponibilidade para ouvir e acreditar no guia interno - que também é uma demonstração de que ela não está se defendendo.

Acesse a Parte 1...

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