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Aprendemos a cada instante

Aprendemos a cada instante
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Como vencer a dor, se permanecemos algemados a ela?
Como enxergar dias melhores, se nossa janela íntima permanece fechada?
Como ser banhado por novas sensações, se nossa alma encontra-se trancada?
E como ser envolvido por essa poderosa cúpula de proteção, se não acreditamos?

Nos abalamos pelas provas, mas esquecemos de compreender que elas fazem parte do nosso processo evolutivo e por isso devem ser encaradas, porque já podemos enfrentá-las e muito aprender.
Também devemos compreender que se estamos num mundo de provas e expiações, é porque ainda não somos perfeitos, então por que nos angustiamos, exigindo a autoperfeição?

Aprendemos a cada instante, mas ainda há muito a ser aprendido.
Busquemos como Santo Agostinho, a cada noite refletir, analisar o que foi feito, reconhecer enganos e erros, em vez de nos martirizarmos, vamos trilhar na manhã seguinte um novo rumo, buscando agora pelos acertos.

Foi o que Paulo de Tarso fez depois de se reerguer do chão na entrada de Damasco.

Buscou por um novo caminho e no final de sua jornada, ao olhar para trás, compreendera o quanto havia evoluído, que os erros foram resgatados, que vencera a cegueira espiritual e que havia sim, combatido um bom combate e encontrado a paz do Mestre Jesus.

E isso só foi possível porque teve acima de tudo fé aliada a perseverança.

Com ambas foi adiante, transformando o deserto que habita o seu ser em um caminho florido que levava ao Nazareno...

Saibamos que se não pudermos fazer o melhor que a situação solicita, lembremos de fazer o melhor que podemos, sim, podemos fazer algo, o nosso melhor e aos poucos, vamos progredindo espiritualmente e sendo capazes de mais realizar em nosso caminho.

Assim, não vamos ficar presos aos erros, às fragilidades que todos temos, porque isso só atrasa a nossa jornada, só impede o nosso crescimento espiritual.

Vamos também nos amarmos uns aos outros, como o Mestre tanto exemplificou, levemos esse amor aos que encontrarmos, por que ficarmos esperando pelo amor, se já podemos amar, se já podemos semeá-lo?

Por que nos ofendermos se não recebemos um sorriso? Por que, então, não sermos nós aquele que sorri?
Se o outro não é capaz de saber o que se passa no nosso íntimo, também não somos capazes de saber o que o aflige, o que o entristece.

Em vez de julgarmos, levemos esperança e sejamos envolvidos por novas sensações, porque onde o amor se encontra tudo se transforma...

Sonia Carvalho
[email protected]

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