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E Jesus continua a semear...

E Jesus continua a semear...
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“O discípulo do Evangelho é alguém que não esmorece nunca; operário que não abandona a enxada a pretexto de preservá-la, por saber que o instrumento deixado a esmo é corroído pela ferrugem, enquanto que a lâmina que se desgasta no atrito do solo, reluz, sempre pronta para o serviço”.

(Livro Compromissos Iluminativos de Divaldo Franco pelo Espírito de Bezerra de Menezes- Mensagem: Trabalhadores da Última Hora)


Novo dia nascia...

Aves enfeitavam o céu...

À distância, o vento balançava a ramagem do arvoredo e era como se bela canção ecoasse pelo ar...

Havia o doce perfume das flores...

A vegetação coloria a paisagem...

As águas do lago moviam-se lentamente como a retratar a tranquilidade que reinava no ambiente...

E bênçãos de esperança pareciam cair do Alto penetrando naqueles corações repletos de angústia, que buscavam um novo rumo para suas vidas.

A cada hora a multidão crescia, todos aguardando para escutá-Lo. Sua Voz era o alívio que tanto almejavam para os seus males.

E mesmo ainda incapazes de compreender perfeitamente suas lições, sentiam o espírito banhado por profunda paz. Assim, cercavam Jesus, ansiosos por ouvi-Lo, tocá-Lo e reconhecer novo ânimo nascer em seu íntimo.

Jesus contemplava amorosamente cada um, sempre a transmitir a sua imensa misericórdia. Mesmo ciente do que o porvir reservava, não perdia a sua serenidade e com ela prosseguia, envolvendo a todos que lá se encontravam.

E vendo a multidão crescer, Jesus sentou-se numa barca e em plena comunhão com o Alto, começou a proclamar:

“Eis que o semeador saiu a semear.
E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;
E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;
Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.
E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na.
E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.
(Mateus 13: 4 a 9)


Ao término, lágrimas escorriam de todas as faces, que não conseguiam expressar em palavras o que sentiam, mas profunda era a emoção que reinava.
Levaria ainda muito tempo para que a lição que acabara de ser proferida fosse assimilada, contudo a semente já estava lançada.
E Jesus, com a serenidade de sempre, ergueu-se e partiu em direção à Nazaré, para novos ensinamentos, afinal, outras sementes haveriam de ser lançadas...
...

2011... Quanto avanço tecnológico...
O homem desbravou mares e terras, indo muito além do que outrora maginava...
A Ciência progrediu, trazendo incontáveis descobertas.
Quantos conhecimentos adquiridos...
Distâncias superadas...
Doenças vencidas...
O mundo a progredir numa velocidade cada vez maior...
E muitas são as possibilidades que nos aguardam...
Todavia, o que fizemos das sementes que no passado recebemos do Mestre?
Guerras, catástrofes, orgulho, discórdias, desespero e o homem ainda a buscar pela paz de Espírito.
Onde encontrá-la?
...
E o semeador saiu a semear... É Jesus novamente a nos convocar a trabalharmos em nome do seu Amor.
Hoje, somos nós a multidão convocada a ouvi-Lo, a banhar-se com sua paz e principalmente a levantar-se e cooperar na grande seara.
Jesus nos entrega novamente as suas sementes.
E o que delas estamos a fazer?
Deixamos que a semente fique pelo caminho e permanecemos atados aos desatinos da vida mundana?
Abraçamos inicialmente com muito entusiasmo a Boa Nova, mas deparados com os testemunhos aos quais somos chamados, rapidamente de tudo esquecemos e desiludidos, optamos em abandonar a tarefa?
Ou preferimos a sedução dos prazeres mundanos, permanecendo algemados às fraquezas morais?
Homens, como outrora, Jesus vem ao nosso encontro!
Esse é o momento de unidos com as forças do bem, colaborarmos na elevação da Terra, não há mais tempo para olvidarmos do compromisso de servir com o Mestre.
Sejamos a terra boa que recebe as sementes do Nazareno e multiplicando-as, faz com que inúmeros frutos brotem.
Não temamos os desafios do caminho.
Estejamos com Jesus e nada poderá nos abalar!
Ouçamos o seu chamado e levantemo-nos dispostos a com Ele seguir.
Nenhuma paz conseguiremos permanecendo atados aos desvios morais, mas com Jesus as nuvens dissipam-se e intensa luz passa a iluminar nosso caminho.
Confiemos e confiantes, perseveremos pelo caminho que se abre.
Caminho que representa a evolução de nosso Espírito, por isso, não desistamos de trilhá-lo, mesmo diante dos espinhos que iremos encontrar.
Nenhuma sombra poderá deter nossos passos quando nossos ideais representarem o Bem pregado por Jesus.
Sim, a Terra passa por profundas transformações e sejamos cada um de nós, colaboradores nessa grande transformação, unifiquemos nossas forças e trabalhemos em nome de Jesus.
Só assim, seremos capazes de alcançar a verdadeira paz.
Não esperemos mais!
As forças do Alto já se encontram entre nós a preparar a terra.
E Jesus continua a semear...
Sigamos também!

Sônia Carvalho


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