Entendendo o Sofrimento
Podemos ver que há muitas formas pelas quais contribuímos ativamente para nossa própria experiência de sofrimento e inquietação mental. Embora em geral as próprias aflições emocionais e mentais possam surgir naturalmente, com freqüência é nosso reforço dessas emoções negativas que as torna muito mais graves.
Por exemplo, se sentimos raiva ou ódio por uma pessoa, há menos probabilidade de que essa emoção atinja um nível muito intenso se nós a deixarmos de lado. Porém, se pensarmos nas deslealdades que nos teriam sido feitas, nas formas pelas quais fomos tratados injustamente, e se não pararmos de remoer essas coisas o tempo todo, isso alimenta o ódio. Esta atitude confere ao ódio muito poder e intensidade. Naturalmente, o mesmo pode se aplicar a algum apego que tenhamos por uma determinada pessoa.
Também costumamos aumentar nossa dor e sofrimento sendo excessivamente sensíveis, reagindo com exagero a fatos insignificantes e às vezes levando as coisas para um lado muito pessoal. Nossa tendência é a de levar fatos ínfimos muito a sério e ampliá-los de modo totalmente desproporcional, ao mesmo tempo que permanecemos indiferentes ao que é realmente importante, àqueles fatos que têm efeitos profundos na nossa vida além de conseqüências e implicações duradouras.
A Arte da Felicidade, Dalai Lama
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