EU ACREDITO EM DEUS
Deus não nos julgará por nossos atos...
E sim pelas nossas intenções!
Um Deus que Sorri...
Eu acredito em Deus!!
Mas não sei se o Deus em que eu acredito é o mesmo Deus em que acredita o balconista, a professora, o porteiro, os meus irmãos de outros credos.
O Deus em que acredito não foi globalizado.
O Deus com quem converso não é uma pessoa, não é pai de ninguém.
É uma idéia, uma energia, uma eminência, um SER supremo.
Não tem rosto, portanto não tem barba.
Não caminha, portanto não carrega um cajado.
Não está cansado, portanto não tem trono.
O Deus que me acompanha não é bíblico. É uma energia cósmica universal!
Jamais se deixaria resumir por dez mandamentos, algumas parábolas e um pensamento que não se renova.
O meu Deus é tão superior quanto o Deus dos outros, mas sua superioridade está na compreensão das diferenças, na aceitação das fraquezas e no estímulo à felicidade.
O Deus em que acredito me ensina a guerrear conforme as armas que tenho e detecta em mim a honestidade dos atos e as minhas intenções.
Não distribui culpas a granel: as minhas são umas, as do vizinho são outras, e nossa penitência é a reflexão. Pois o pecado não existe! Somos responsáveis por nossos atos e intenções.
Ave Maria, Pai Nosso: isso qualquer um decora sem saber o que está dizendo.
Para o Deus em que acredito, só vale o que se está sentindo.
O Deus em que acredito não condena o prazer.
Se ele não tem controle sobre enchentes, guerrilhas e violência, se não tem controle sobre traficantes, corruptos e vigaristas, se não tem controle sobre a miséria, o câncer e as mágoas, então que Deus seria ele se ainda por cima condenasse o que nos resta: o lúdico, o sensorial, a libido que nasce com toda criança e se desenvolve livre, se assim o permitirem?
O Deus em que acredito não me abandona, mas me exige mais do que uma reflexão e uma doação aos pobres: cobra caro pelos meus erros e não aceita promessas performáticas, como carregar uma cruz gigante nos ombros.
A cruz pesa onde tem que pesar: dentro.
É onde tudo acontece e Este é o Deus que me acompanha.
Um Deus simples.
Deus que é Deus não precisa ser difícil e distante, sabe tudo e vê tudo.
Meu Deus é discreto e otimista.
Não se esconde, ao contrário, aparece principalmente nas horas boas para incentivar, para me fazer sentir o quanto vale um pequeno momento grandioso:
de um abraço numa amizade, uma música na hora certa, um silêncio, um choro, uma alegria ou tristeza, um pensamento caridoso para com os nossos semelhantes, isso vale muito mais do que um bem material doado.
Meu Deus é humilde.
Não posso imaginar um Deus repressor e não posso imaginar um Deus que não sorri. Porque quem não te sorri, não é teu cúmplice...
(Desconheço o autor do texto..... mas é muito lindo)
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