EU POSSO
Eu posso
Eu posso ser o sol que nasce a cada dia
Ou a chuva que cai no telhado.
Eu posso ser o vento que sacode a cortina
Ou o arco–íris que brilha no horizonte.
Eu posso ser o silêncio da noite
Ou o choro da criança.
Eu posso ser a ave que voa no céu
Ou a folha que cai da árvore.
Eu posso ser a doença que corrói o corpo
Ou a cura que acalma a alma.
Eu posso ser a ferida que dói
Ou a cicatriz que fica.
Eu posso ser a luz na escuridão
Ou a chama da vela que se apaga.
Eu posso ser o ódio que brota no coração
Ou amor que tudo reconstrói.
Eu posso ser a ruína
Ou a fortaleza.
Eu posso ser o soldado no campo de batalha
Ou a bandeira branca estendida no alto.
Eu posso ser o sonho que vem
Ou a ilusão que vai.
Eu posso ser o final de tarde
Ou o amanhecer.
Eu posso ser o desespero que teima em estar presente
Ou a esperança que sempre renasce.
Eu posso ser o sangue derramado
Ou a rosa vermelha que enfeita o jardim.
Eu posso ser o infinito
Ou o fim de tudo.
Eu posso ser as trevas que assustam
Ou o paraíso almejado.
Eu posso ser a morte que chega lentamente
Ou a vida que passa rapidamente.
Eu posso ser o herói admirado
Ou o bandido que causa repulsa.
Eu posso ser a fantasia que encanta
Ou a realidade refletida no espelho.
Eu posso ser a velocidade do tempo
Ou a lentidão da esperada transformação.
Eu posso ser a fome diante do prato vazio
Ou o sabor da comida predileta.
Eu posso ser o belo que fascina
Ou o feio que assusta.
Eu posso ser todos
Ou ninguém.
Porque no final posso ser tudo ou nada, mas serei sempre Eu!
Sônia Carvalho
[email protected]
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