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FÉ PARA ANDAR DE TREM

FÉ PARA ANDAR DE TREM
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Olhinhos assustados. Um rosto preocupado. Então, da boca de uma criança nasce uma pergunta justa.
- Tio! Quem está dirigindo o trem? Não estou vendo ninguém?
Neste momento eu estava lendo a bíblia com a cabeça enterrada no livro de Gênesis, mas meu olhar foi exumado das páginas e observei com profundo interesse as expressões da face daquele garoto e ouvi com cuidado suas palavras.
- O maquinista está lá na frente. – Respondeu o Tio do menino.
- Mas onde? – insistiu na pergunta o guri.
- Lá na frente. – repetiu o tio com um sorriso carinhoso.
Logo as questões cessaram. O jovem rapazinho se aquietou.
Não por ver com os próprios olhos quem dirigia o trem, porém por confiar nas palavras do seu amigo Tio.
O engraçado foi que ele ficou tão à vontade no Trem que aproveitou a viagem muito mais do que os demais passageiros. Ele andava pelo vagão sem receio de cair e procurava ficar o mais próximo possível da janela para poder ver a paisagem. Eu o ouvi exclamar.
- Tio! Eu queria ver o mato. Quero ver o mato lá fora!
Eu estava sentado bem ao lado de um ótimo lugar para observar o que acontecia do lado de fora do trem, então eu o ofereci para alguém que estava bem mais deslumbrado pela beleza dos matos que corriam do lado externo daquele trem do que eu.
Aprendi muito com esta experiência.
Primeiro. Nem sempre conseguimos enxergar quem dirige o trem, mas alguém nos ensinou que ele está lá, o maquinista está cuidando de nossa viagem e de alguma forma ele nos fará chegar onde precisamos.
Isto pode ser aplicado a nossa vida em algum momento? Claro que sim! E você eu sabemos disso... Acredite! Ele está na direção de nossa jornada.
Segundo. Aprendi que o Maquinista sempre vê antes de nós. E que ele sabe pra onde está indo e qual é o melhor caminho, mesmo quando se faz necessário encarar a escuridão de um túnel que está logo à frente, ele sabe quando a luz voltará e a extensão exata das sombras.
Terceiro. Andar de trem é um ato de fé. Preciso acreditar no que não vejo. Não é como um carro onde vejo quem o dirige, ou como um ônibus. Preciso confiar que alguém está guiando. Talvez alguns estejam em momentos escuros se perguntando por que o Maquinista não sai da sua cabine e vai até eles para acalmá-los. Talvez ele não faça isso porque sabe onde o túnel acaba e que a viagem ainda não teve fim, e que não há como mudar o trajeto. Precisamos passar por túneis.
Quarto. Só consigo desfrutar da paisagem quando acredito que a viagem será bem sucedida, não porque meus olhos me convenceram disso, mas porque alguém em quem confio me prometeu que vou chegar.
Que Deus nos abençoe e nos ensine a andar no trem da vida.

Thiago Grulha
www.baruk.com.br/minpalavra2.htm


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