Liberdade e Responsabilidade
Tudo na criação está em permanente processo de transformação e aprimoramento.
Assim também ocorre com os homens. Em sua condição de espíritos, trilham marcha ascendente rumo à angelitude.
Foram criados em estado de absoluta simplicidade e ignorância, mas possuem, desde o princípio, os embriões de todas as virtudes.
Nas primeiras experiências foram conduzidos grandemente pelos instintos. Gradualmente tomaram ciência de seu potencial e passaram a fazer opções. Titubeantes no princípio, desenvolveram a consciência de si próprios e da sua vontade.
Um elemento primordial do progresso consciente é o livre-arbítrio.
As espécies animais e vegetais são conduzidas pelas forças da natureza, em suas etapas de elaboração. Já os homens podem escolher os caminhos que trilham.
O progresso espiritual pressupõe o desenvolvimento da faculdade de discernir o bem e o mal. Para a aquisição desse senso moral, para crescer em entendimento e compreensão, é imprescindível a liberdade de opção. Quanto mais o espírito burila seu intelecto e exerce sua vontade, mais liberdade tem. Seu leque de opções aumenta. Mas não é somente a liberdade que ganha expressão.
Com o conhecimento e o lento evoluir do ser, ele se torna mais responsável pelo que faz. Quando o instinto predomina, a responsabilidade é ínfima. Quando a vontade e a consciência regem o destino, torna-se inarredável a responsabilidade.
O homem é intrinsecamente livre em seus atos e pensamentos, mas responde por tudo o que faz e pensa.
As leis humanas são freqüentemente burladas e enganadas, contudo, nos estatutos divinos não há qualquer falha.
Sendo as leis divinas inscritas na consciência de cada homem, elas jamais são burladas. Ninguém escapará de si próprio.
Cada qual é livre para pensar, falar e agir. Mas essa liberdade sempre deve respeitar os direitos do próximo.
A movimentação do livre-arbítrio jamais deve causar sofrimento e coerção para outrem.
Quem se permite infelicitar o semelhante, infelicita-se a si próprio.
O desrespeito à dignidade e à felicidade alheias aprisiona o seu autor.
O homem que provoca sofrimento prepara para si um cárcere de sombra e desgraças. Talvez ele engane a justiça humana. Quiçá logre anestesiar a própria consciência por um tempo. Mas cedo ou tarde, nesta encarnação ou em outra, despertará para a realidade. Sua consciência o chamará a prestar contas de seus atos.
Então, a dor infligida ressurgirá no íntimo do ser. Entre inibições e complexos, lutas e sofrimentos, ele se acertará com as leis divinas.
Reflita na responsabilidade que você possui, em sua condição de homem livre. Você pode muito. Pode escolher ser honesto ou desonesto, misericordioso ou cruel, leal ou traiçoeiro, útil ou inútil. Mas responderá por seus atos. Não se trata de pecado e castigo, mas de responsabilidade.
Pense nisso!
Momento Espírita
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