MULHERES QUE EM MIM HABITAM
Eu Sou uma Mulher
Em frente a um espelho
De mil faces...
Em cada face,
Um novo Ser-Mulher,
Múltiplos segmentos
De mim mesma,
A se soltarem,
Pelo cristal polido...
Mulheres que em mim habitam,
E que Nunca se tocam!
Qual é a totalidade
Desta Mulher que me contempla?
Qual é o seu limite,
O seu sonho, a sua saga?
Sei tão pouco de sua história...
Fragmentos, apenas fragmentos.
E, no entanto, ela está em mim!
Plena, total,
Em cada poro, em cada célula,
Eu a posso sentir...
Quem é essa Mulher que,
Diante do espelho,
A todo o tempo me contempla?
Que, num olhar profundo,
Ou num sorriso mudo,
Sensibiliza-me e toca-me?
Uma Mulher em frente ao espelho...
Nua e sem sombras
Aberta à Luz, ao infinito
De si mesma...
Que contempla o próprio mistério,
Que bebe de sua própria seiva,
Espargindo maturidade.
Maturidade!
Bom momento para se olhar no espelho
E enxergar, através da essência,
Decifrando, apalpando
Contornos enigmáticos,
Antes, insondáveis,
De uma alma já translúcida,
Que pulsa com maior intensidade
E Sabedoria
Diante da vida,
Posto que já desvenda,
Com maior facilidade,
Muitos de seus mistérios.
Rita de Cássia Palhares
www.ritapalhareshomepage.hpg.ig.com.br
Deixe seus comentários:
As opiniões expressas neste artigo são da responsabilidade do autor. O Site não se responsabiliza por quaisquer prestações de serviços de terceiros, conforme termo de uso STUM.