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Não tão perto do sol

Não tão perto do sol
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Hoje estava aqui viajando um pouco na mitologia grega lendo a respeito do tão famoso Ícaro que era filho de um homem muito habilidoso, Dédalo, e vivia em Atena. Dédalo um dia provocou a ira do rei que ordenou que ele e seu filho fossem jogados em um um labirinto.

Certa vez, Dédalo projetou asas de penas de aves de vários tamanhos, amarrando-as com fios e fixando-as com cera, para que não se descolassem. Foi moldando habilidosamente com as mãos tendo também a ajuda de Ícaro, de forma que as asas fossem semelhante às das aves.

Quando, enfim, as asas estavam prontas, Dedálo preparou seu filho Ícaro e o ensinou a voar, dando-lhe todas as recomendações; que deveria voar uma altura média, não tão perto do sol para que suas asas não fossem derretidas pelo calor, mas também não deveria voar tão baixo para que suas asas não fossem molhadas pelo mar.

O mito conta que primeiro eles se sentiram como deuses quando finalmente Ícaro começara a voar. Foi, então, quando Ícaro esqueceu das recomendações do seu pai e se deslumbrou com a beleza do Sol, sentindo-se fortemente atraído por ele, deslumbando-se com a sensação de ser livre e voar como um pássaro . Então, as ceras de suas asas artificiais começaram a derreter e Ícaro caiu no mar. E seu pai só contemplou de longe as penas das asas de Ícaro caindo, flutando lentamente despencando ao mar.

Querermos ser iguais a Ícaro e voar não é nenhum defeito desde que nunca nos esqueçamos que nossas asas são de cera... E não nos esqueçamos das recomendação de Dedálo: não tão perto do sol para que nossas asas não se derretam, nem tão perto do mar para que nossas asas não se molhem.

O mito de Ícaro nos convida para o equilíbrio na vida, nos convida também para o cuidado com a fragilidade de tudo que é artificial. O dinheiro, o sucesso, a fama não contêm nenhum mal, se não nos esquecermos de sua impermanência e vulnerabilidade. Busquemos, sim, nossos sonhos mas conscientes que um equilibrio é preciso...
Não tão perto do sol para que nossas asas não se derretam, não tão perto do mar para que nossas asas não se molhem...
Também devemos estar atentos ao perigo de querer sermos deuses, pois é quando queremos ser deuses e nos deslumbramos com nós mesmos que acontece a nossa queda.

Josy Mota
[email protected]

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