NOSSA FUNÇÃO CÓSMICA
Todos temos um lugar e um papel a desempenhar no processo evolutivo do Universo.
Para nós, vida nada tem a ver com função. Analisemos, pois, a precariedade dessa dissensão. Exatamente por considerar vida e função como pólos, não compreendemos a sua função vital. Perguntamos: por que vivemos? para que vivemos? E eu pergunto: qual é a sua função vital?
Muitas respostas intelectualizadas e mecânicas já serviram de ponto de referência, muitos elos dessa premissa já foram também trabalhados, mas não em função da Totalidade, da Universalidade. E é por isso que ainda não temos a resposta que nos satisfaça. Enquanto veículos encarnatórios terrestres, dentro da ignorância e da experiência pura e simples, fica difícil perceber a totalidade, pois sempre estivemos envolvidos com o microuniverso das experiências e só elas contavam.
Uma vez rompida a barreira da experimentação pura e simples, quando nos deparamos com a fragilidade Infinito, é que começamos a questionar e podemos chegar, então, à função - à fase do por que e para que. Neste instante, porém, ligados aos padrões terrestres, enveredamos pelo mundo dos conhecimentos e buscamos o que mais se assemelha à nossa maneira de enxergar o Universo. Depois de algum tempo, notamos lacunas em todas as escolas de pensamento e sentimos que a função essencial ainda não condiz àquilo em que nos engajamos - que a vida, em sua essência, é muito mais importante e que nada corresponde ao seu potencial.
Aí já estamos no mundo das vibrações. Já integramos e interagimos com todos os nossos níveis sutis e sentimos que só existe o Infinito justamente por causa da função. Entramos, assim, no circuito cósmico, onde tudo se transforma para que a vida sempre encontre o pólo de referência, e percebemos nossa com o Todo, pois tudo vibra energeticamente e transforma-se também.
Neste momento, os véus da ilusão são por demais tênues e nos tornamos criaturas integradas, sem aquela importância egóica que supúnhamos ter. Sentimo-nos peças da Grande Engrenagem Cósmica. E é nesse contexto que esbarramos com a função vital, começando a entendê-la. Enquanto envolvidos na ilusão, tínhamos a função de experienciar a vida, transformar nosso organismo físico e elevar a nossa consciência. Mesmo sem nos dar conta disso, hospedamos em nossos corpos inúmeras formas de vida, permitimos o seu desenvolvimento, sentimos e absorvemos psicologicamente muitos fótons negativos e positivos, bloqueamos e desobstruímos energia em todos os níveis - enfim, concorremos para o aperfeiçoamento vital, mesmo que inconscientemente. Exercemos, dessa maneira, uma função laboratorial com o nosso aprendizado, pela integração total ao sistema. Aprendendo a manipulação vital terrestre e desvendando assim o passado para nós - mas ainda presente, para muitos - chegamos à pergunta chave outra vez: qual a nossa função agora?.
Como na experiência passada, em que as ilusões dominavam o contexto mais denso, temos, agora, de nos engajar na corrente cósmica e funcionar nela. Mas, como fazer isso? Por meio da conscientização cada vez mais pura, elevada e amorosa de que somos elos de uma corrente vital na qual sempre tivemos funções, embora não as reconhecêssemos; por meio do trabalho, agora em palco mais amplo, interagindo vibratoriamente em campos energéticos outrora totalmente sem sentido para nós.
Todas as criaturas no Universo Cósmico têm funções determinadas pela sua evolução consciencial. Quando falamos em Hierarquias, por exemplo, estamos falando de seres em funções específicas. Há comandantes por necessidade e circunstância, assim como há comandados, como nós, por necessidade e circunstância.
A vida é uma função vibratória em que cada um exerce o trabalho a si conferido. Somente a ilusão leva à desconexão do Plano de Funções Cósmicas.
A verdadeira liberdade não é estar solto pelo Universo, fazendo o que bem se entende, ou numa nuvem, assistindo o desenrolar dos acontecimentos. Isso não existe. A responsabilidade é a tônica funcional em consciência-luz.
Ter uma função cósmica estabelece, assim, o grau de responsabilidade e de consciência de uma criatura. Não se conquista uma função quando não se pode executá-la. Somente o mérito que baseia-se, principalmente, na integridade cósmica e na responsabilidade, são os elos conscienciais necessários para uma função cósmica.
Diante dessas explicações, muitos talvez digam: mas é para isso que eu estou aqui, para funcionar como máquina? A estes eu digo: a ilusão ainda prende e amarra suas consciências, pois não há nada mais sublime e amoroso do que exercer uma função, em ser responsável por uma parte do andamento cósmico, mesmo que de pequena monta. Sim, porque para assumir uma função, não há classificação de melhor ou pior.
Vivemos por tanto tempo no jogo das experiências particulares que é difícil a assimilação dessa noção de Amor e integração. Para descobrirmos nossas funções cósmicas, é preciso viver cada vez mais integrados aos nossos elos sutis. Somente assim, desconectados de toda a ilusão tridimensional, poderemos funcionar no nível cósmico.
Função é trabalho no sentido íntegro, total, de Amor, Paz e Luz.
Maria Inês Monteiro
www.vialuz.com
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