O problema de agradar a todos
Às vezes acontece de você se desesperar porque descobre que não pode agradar a todos? Fica com a impressão de que passa a vida se esforçando para agradar e ajudar os outros, para, no fim, ser sempre mal compreendido ou mal interpretado? Se isto lhe acontece, reflita sobre esta frase de Montaigne: "Um homem precisa de ouvidos fortes para ouvir o que se diz sobre ele, quando é julgado com liberdade".
A verdade é que, por mais que você se esforce para ser justo, cuidadoso, e consciente, sempre há alguém que interpreta mal as suas atitudes ou suas ações. Se aparece alguém que gasta muito, na tentativa de ajudar os amigos, imediatamente começam os mexericos, acusando-o de desperdício, ou de extravagância. Mas se aparece alguém que conta cuidadosamente seus vinténs, preocupado em resguardar-se para o futuro, não faltará quem o acuse de sovina.
Se você é menos liberal que alguém em relação a algum assunto, imediatamente será taxado de "conservador" ou "antiquado". Mas se você é mais liberal, é o outro que passa a ser taxado de "preconceituoso" e "ultrapassado".
O que há na minha opinião, é a tendência geral, que todos nós temos, de condenar nos outros defeitos que condenamos em nós mesmos.
Se alguém não faz alguma coisa há quem o critique por não ter feito; mas, se faz, há críticas também por que faz. Quando um homem, que sempre agiu de determinada maneira, muda sua atitude, há quem o critique por ter mudado, quem o critique por ter deixado de ser(ou fazer) como antes e, claro, que o critique por ter passado a ser (ou fazer) o que está sendo(ou fazendo) agora.
Por isto é que, na minha opinião, o caminho mais acertado é reconhecer que ninguém, em tempo algum, consegue agradar a todos. Acho, mesmo que ninguém consegue agradar a ninguém, por muito tempo, nem mesmo a si saiba, fatalmente, seu modo de ser acabará por desagradar a alguém. Agradeça as críticas que lhe fizeram, faça bom uso das críticas construtivas e vá em frente, dando sempre o melhor de si. Se você aprender a viver em harmonia com seu verdadeiro EU, as críticas que, fatalmente receberá não o farão sofrer tanto.
Será que você, por exemplo, jamais teve um momento de arrependimento por algo que fez ou deixou de fazer?
Também aqui o meu conselho é de que cada um faça o possível para agir conscienciosamente, de acordo com o que lhe parecer mais acertado, de acordo com suas convicções, com a mente sempre aberta para a possibilidade de estar errado. E, enquanto isto, esperar, com fé, que nossos erros sejam perdoados. Sejamos tolerantes para com os outros, para merecermos, nós também a tolerância para nossos erros.
Seja o que você É!
By Daniel Carvalho Luz
Recebido de Soraya Souza
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