O que é a Cientologia? Os 2 lados.
O que John Travolta, Tom Cruise, Michael Jackson, Juliette Lewis, Anne Archer e Lisa-Marie Presley têm em comum? Além da fama e do dinheiro, são adeptos da mesma religião: a Cientologia, cad a vez mais famosa entre os artistas de Hollywood.
De onde surgiu? O que ensina esse movimento? Por que as pessoas estão dispostas a gastar grandes somas em dinheiro para participar dos seus cursos?
Hubbard se consagrou nas décadas de 30 e 40 como um prolixo escritor de ficção científica, chegando a escrever cerca de setenta e oito novelas desse gênero e outras obras. A biografia de Hubbard não é a das mais confiáveis, pois alguns de seus familiares resolveram romper com a Cientologia e emitiram depoimentos sobre Hubbard. Para seus seguidores, esses depoimentos não são aceitáveis, porque, segundo afirmam, faltam com a verdade. Entretanto, uma das palavras mais duras ditas sobre Hubbard veio de Ronald DeWolf, um de seus cinco filhos. DeWolf disse que seu pai era "um dos maiores trapaceiros do século".
Doutrina da Cientologia:
A palavra Cientologia, inventada por Hubbard, vem dos termos latinos scio, que significa conhecer, e logos, razão. Para os cientólogos, a Cientologia é uma religião cujo objetivo é "estudar o espírito, entender a relação de cada um consigo mesmo, com o universo e com outras formas de vida. É uma religião, uma sabedoria e uma ciência". Na verdade, trata-se de uma corrente de pensamento filosófico-religioso mesclada a técnicas psicoterápicas e doutrina budista. Segundo o próprio Hubbard, a religião criada por ele deve despertar no discípulo a consciência de que ele é imortal. É uma mistura de conceitos tirados do hinduísmo e das tradições cabalísticas. A Cientologia serve de base para uma série de técnicas como a psicanalítica (Dianética), e promete aos seus adeptos melhorar sua capacidade de comunicação e diminuir seus sofrimentos, ensinando-o a "lidar com as pessoas e seu meio".
Fundamentos básicos:
O homem é basicamente bom, composto de três partes: corpo, mente e espírito. É um ser imortal. Sua experiência vai muito além de uma só vida. Sua salvação depende de si mesmo, de seus semelhantes e de sua relação com o universo. O corpo é um componente indesejado do ser humano.
O outro lado...
Cientologia é uma pseudo-ciência que por meio de técnicas psicoterapêuticas afirma poder despertar nos seus adeptos a consciência de sermos seres imortais dotados de poderes semelhantes àqueles dos deuses da mitologia da antiga Grécia.
Com um pesado emprego das técnicas de "vendas forçadas", os "crentes" são levados a freqüentar cursos e a receber sessões de psicoterapia chamada "auditing". Para pagar estas sessões os membros encontram, com freqüência, sérios problemas financeiros; enquanto a seita se apresenta como uma religião para não pagar impostos.
A finalidade destes cursos e sessões de "auditing" seria de livrar a mente dos traumas surgidos no passado e a procura destes, os quais se encontram, sobretudo em "vidas passadas", algumas de até milhões de anos atrás.
Os adeptos veneram o fundador da seita, o americano L. R. Hubbard, como um Deus, e sua biografia oficial divulgada pela "igreja" é tão rica de anedotas que exaltam suas extraordinárias capacidades e a grande quantidade de feitos "heróicos", que é preciso ser muito devoto para acreditar somente na metade deles. Mais irreverente é a sentença do juiz Breckenridge, na qual condenava a "igreja" numa causa proposta por ela contra um ex adepto, o qual fora encarregado pela "igreja" de escrever uma biografia oficial: "[?] As provas descrevem um homem que foi, literalmente, um mentiroso patológico em relação à sua história, ao seu passado e a seus feitos. Os documentos apresentados como provas mostram seu egoísmo, avidez, avareza, desejo ardente de poder, seu caráter vingativo e agressivo." Com certeza teria sido melhor para a "igreja" aceitar a biografia e ficar calada.
Antes de inventar Cientologia, L. Ron Hubbard (1911-1986) foi por anos um ordinário escritor de ficção científica.
A Cientologia afirma que o "Thetan" (ou seja, a alma), na rotina sem fim de nascer, morrer e novamente reencarnar-se, junta continuamente novos "engrams".
Porém, com a tecnologia cientológica, seria possível, por meio de sessões de psicoterapia, fazer o paciente lembrar e narrar estes acontecimentos traumáticos, livrando assim o inconsciente do indivíduo das "lembranças" destes traumas, tornando-o em um Clean, que significa: "limpo".
O regime no interior da "igreja" é totalitário e seus membros são levados a desprezar quem não pertence à seita, os quais as "escrituras sagradas" chamam, de forma desprezível, "humanóides".
Um dos aspectos mais em contraditórios da seita é o de insistir na necessidade dos grupos em ter uma conduta absolutamente ética. Por isso os crentes devem continuamente submeter-se a obsessivas "verificações de segurança", ou seja: meticulosos interrogatórios feitos com o auxílio de uma elementar máquina da verdade, na constante procura de extirpar qualquer início de desvio à ortodoxia e pensamento crítico.
Um sério elemento de perigo social da seita é o tristemente famoso "Fair Game". Este consiste em uma série de diretivas do fundador Hubbard, que estabelecem que se uma pessoa se atreve a criticar Cientologia, será declarada "Pessoa Supressiva". A organização consegue persuadir os membros que "Somente um louco criminal pode criticar Cientologia".
Fontes: George A. Mather & Larry A. Nichols. Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo. São Paulo: Editora Vida, 2000.
Walter Martin. O Império das Seitas, Vol.III. Venda Nova. Editora Betânia, 1992.
Saiba mais em:
https://www.cacp.org.br/cientologia.htm
https://xenu.freewinds.cx/pt/presentaz.htm
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