O que fazer quando nos deparamos com o inevitável?
Quando fazemos mais do que podemos e mesmo assim não encontramos saídas;
Quando nos sentimos aprisionados e não conseguimos a libertação;
Quando todo caminho é estranho e confuso;
Quando não temos um momento de paz e libertação, a única explicação que encontramos é que o destino está atuando em nossas vidas.
Essa é a Lei, a Grande Lei, imutável e inexorável, e diante dela devemos nos curvar e nos entregar. Só nos resta esperar pelo resultado de tudo que pensamos, fizemos e construímos no passado. Só nos resta nos concentrar na mudança e colaborar com o inevitável.Todas as armadilhas que criamos dentro e fora de nós se farão insuportavelmente presentes no momento da crise. O maior trabalho que teremos é o da mudança de consciência, mudança de foco. Quando fazemos isso colaboramos com o inevitável.
E mesmo sem desejar, um lado obscuro em nós deverá se tornar cada vez mais evidente. Mas sabemos que para isso devemos chorar, sofrer, negar, debater, blasfemar Deus, antes de perceber que a única coisa que podemos fazer é aceitar e se entregar, além de compreender que tudo foi criado por nós.
Mas antes de se entregar, nosso orgulho e vontade serão estilhaçados. Nesse momento devemos saber que passamos por um sofrimento necessário. Devemos aceitar humildemente e com coragem o destino atuando em nós e em nossas vidas.
Quando entramos nessa caverna escura nos deparamos com o ódio, o rancor, as mágoas. A "criatura rude" surge e vem à tona nossa falta de civilidade. Cristo é a antítese desse processo.
Devemos nos ajoelhar diante do inevitável
Descobrimos nosso próprio veneno e nossa vida se corrompe completamente. Lembramos do esquecido e enterrado, mas depois que retornamos do inferno não podemos mais olhar para trás; é necessário esquecer o sofrimento. Devemos esquecer o preço que pagamos pelas riquezas que adquirimos para poder perdoar a vida e limpar-nos do veneno.
É necessário trazer à consciência algo que foi negado e esquecido, que esteve enterrado pela vida inteira. Mas não devemos nunca esquecer que uma vida dada em sacrifício acaba redimindo várias vidas.
Traz-se à tona o lixo que esteve durante toda vida por debaixo das flores. Mas nesse momento não devemos reivindicar bondade ou perfeição. Compartilhamos a violência e a escuridão da natureza. A vida nos nega o que é tão agudamente desejado, e não é culpa de ninguém...
Mas é sempre bom lembrar que a morte e o sofrimento são nossa regeneração e redenção. Deparamo-nos com nossos desejos e não há nada nem ninguém que possa nos redimir. Afinal, essa é a nossa justiça.
O mais difícil é que não é até quando queremos, mas até quando precisamos. Precisamos, sem dúvida, aprender a perdoar. Precisamos perdoar as ausências que sofremos. Sabemos que ninguém pode nos resgatar desse lugar, a não ser nós mesmos. Não sabemos como, nem qual direção seguir. Então, só nos resta entregar nosso caminho à Sorte, já que esta caminha junto à Necessidade (àquilo que precisamos passar). Pedimos a Deus Sua ajuda e proteção e seguimos em frente.
Nos deparamos com muita sujeira ancestral e ficamos pensando todo tempo que devemos descobrir a saída. Precisamos encontrar o caminho da liberdade. Somente o tempo nos levará de volta à vida. E certo é que há uma Força Maior que sabe o que precisamos. Algo sobre nós já está escrito, algo que possui um conhecimento absoluto.
Deus? Carma? Destino? Nunca saberemos.
Devemos aprender a ouvir nossa alma com o coração. E talvez assim, a dor e o inconformismo diminuam. Não há nada que possamos fazer, a não ser confiar.
Eunice Ferrari
https://euniceferrari.net/
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