O SEGREDO DO SAMURAI
Contam algumas lendas orientais que o grande segredo do samurai se consiste numa desafiadora prova de autodomínio. Depois de anos e anos, galgando inúmeros graus que lhe conferem a necessária destreza para o difícil desenvolvimento de suas habilidades marciais, seu mestre lhe reserva um último e definitivo teste.
Ao defrontar o inimigo, deverá o aspirante, estando cônscio de que possui a força e a capacidade necessárias para destruir o oponente, reunir intimamente essa mesma energia e canalizá-la para que a contenda se resolva de forma pacífica, sem violência.
Este é o segredo do samurai. O que lhe confere a supremacia das artes marciais. No momento do conflito, reverter toda sua força em atitude branda e conciliadora, revelando o perfeito domínio sobre si mesmo.
A inexplorada vastidão de nosso mundo interior
O tempo todo as comunicações espíritas têm-nos chamado a atenção para o fato de que existem ao nosso alcance possibilidades inimagináveis, ainda inexploradas, capazes de redirecionar nosso destino na Terra.
No entanto, muitos de nós passamos pela experiência física sobrecarregados por um pesado fardo de frustrações, medos, desequilíbrios e desacertos existenciais.
Mas os mensageiros do Senhor insistem para que voltemos nossa atenção para a vastidão dimensional de nosso mundo interior e iniciemos o processo do despertamento das próprias energias espirituais.
Reeducação dos sentimentos
Para que esse autodescobrimento se opere a contento, o primeiro passo, depois do reconhecimento de que somos seres imortais em demanda à perfeição gloriosa, será o da reeducação de nossos sentimentos, ora desarmonizados.
Uma profunda revolução deve se operar em nossa maneira de interpretar e responder aos estímulos da realidade à nossa volta. E podemos começar isso reconhecendo o quanto nossas emoções são anêmicas para galgar as esferas mais elevadas do espírito.
Andamos saturados de pensamentos negativos e viciados, sentimentos terra-a-terra, mesquinhos e impermeáveis às luzes celestiais que espargem e prenunciam nosso inevitável alvorecer.
A requalificação de nossas concepções sobre a vida
Sem perceber, estamos caindo no erro de acreditar que o mal pode prevalecer sobre o bem, as sombras sobre a luz, de que somos mais fracos do que fortes e engrossando as fileiras da desesperança e do derrotismo.
Estamos esquecendo de que o mal jamais poderá permanecer na ordem das coisas. Ora, o mal não possui forças de auto-sustentação. Somente o bem possui, pois é fonte proveniente do Criador.
A reeducação dos sentimentos deve operar requalificando nossas concepções no sentido de que somos filhos diletos da divindade, programados para um maravilhoso florescer cósmico, em que haveremos de assumir, com serenidade, nossa legítima condição de seres de luz inefável.
A chave da autotransformação
Reeducar os sentimentos significa cogitar da necessidade inadiável em descobrir o amor nos seus níveis de expressão mais elevados, abrangentes e desinteressados. É definitivamente entender que o motivo real de nosso sofrimento está no fato de não estarmos sabendo amar com a plenitude de que somos capazes.
É compreender, finalmente, que em verdade estamos conseguindo alcançar unicamente o pouco que estamos oferecendo e não alcançando o muito que ainda não aprendemos compartilhar nem oferecer.
Certamente, assumindo que andamos desalinhados da inalterável lei cósmica de merecimento, passaremos a entregar aos outros, desinteressadamente, todo o bem almejado para nós próprios.
Esta é a chave da autotransformação, sempre ao nosso alcance.
Mas é preciso, primeiramente, desejá-la, estender a mão, pegá-la, abrir a porta e, finalmente, entrar para uma nova dimensão existencial.
Este é o segredo do samurai, esta é a consquista de quem está aprendendo a reeducar seus sentimentos.
Adolfo Guimarães Cent. Est. Esp. Paulo Apóstolo - Ceepa - Mirassol - SP
Recebido de Soraya Souza
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