O Trovão e o Silêncio
Foi dito, com justiça, que a primeira manifestação aparece no trovão e a última, no silêncio. É impossível assimilar a voz do silêncio sem a manifestação do trovão, tão mais difícil e fatigante que o trovão ela é. Mas a Existência Onipresente está no silêncio e, inevitavelmente, depois do trovão, chegamos ao silêncio. Mas há silêncio para o espírito que ouviu o nascimento do som?
Como poderia a Matéria Matrix não ressoar e não resplandecer? Já é bastante sabido que só se pode abrir um vaso bem fechado quebrando-o ou fazendo soar um ritmo sutilíssimo. Do mesmo modo, em outras manifestações da matéria, é necessário acostumar-se a não esperar fenômenos que sejam como o andar dos elefantes, mas a perceber até mesmo o vôo de uma borboleta.
Isto não é fácil de aprender, pois a vida é cheia de golpes de martelo. As energias sutis não são aceitas para uso cotidiano. E quanto mais longe vai a humanidade, mais grosseiramente ela aplica as conquistas das forças inferiores.
Na vida, pode-se purificar a agudeza da compreensão das energias sutis, pois nelas está o futuro.
Do livro Coração, editado pela Fundação Cultural Avatar
(Ingá - Niterói, RJ)
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