O VÔO DA GAIVOTA
"Uma florzinha branca e mimosa floresceu à beira da estrada. Por esse caminho, passavam muitas pessoas e muitas nem sequer a viam.
Uma mulher, ao defrontar-se com ela disse:
"Veja, uma flor à beira da estrada! Ela é medicinal, muita boa para as dores. É bom saber que aqui existe, quando precisar virei buscar".
Um poeta que cantava as alegrias e tristezas, as belezas do mundo, também passou pela estrada e, ao ver a flor, parou e exclamou comovido:
"Que linda flor! É digna de enfeitar os mais lindos cabelos de uma mulher apaixonada. Mas infelizmente, no momento não estou amando, senão a levaria para enfeitar a minha querida"!
Em seguida, passou pela estrada uma jovem que, ao ver a delicada flor, parou para admirá-la:
"Que florzinha mais encantadora! Que perfeição em seus contornos! Como é bonito ver uma flor a enfeitar uma estrada, suavizando a visão talvez tão cansada e preocupada dos que passam por ela". Com um gesto meigo, beijou a flor e seguiu seu caminho.
Passou por ali também um materialista que, ao ver a flor, falou revoltado e furioso: "Flor imbecil, porque veio florir nesta estrada poeirenta? Seu branco não combina com a sujeira do lugar. É uma inútil"!
Chutou-a e foi embora.
Um senhor de quem o tempo havia branqueado os cabelos, ao ver a flor ali solitária, à beira da estrada, exclamou:
"Como a obra de Deus é perfeita! Como o senhor do Universo é bondoso conosco, dando-nos beleza assim para nos alegrar. Seja bendita, florzinha branca! Obrigada por você existir e nos alegrar". Sabiamente continuou seu caminho...
E a singela flor continuou sendo a mesma para todos".
Do livro: O Vôo da Gaivota, de Patrícia, psicografada por Alice Marinzeck de Carvalho
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