Paremos e reflitamos
Caminhemos lado a lado, mas jamais esqueçamos que cada um tem um caminho a seguir, mesmo aqueles que mais amamos, aqueles que hoje nos são tão queridos, por mais que os protejamos, que os envolvamos em amor, eles, como nós, são Espíritos com um propósito a seguir, com passos a serem dados e com uma estrada que apenas eles podem caminhar.
E também há uma estrada à nossa espera, estrada que só nós, podemos adentrar.
Estrada que terá flores e espinhos, que terá glórias e quedas, mas estrada que não se trilha em momento algum, sem o amparo do Alto.
Levemos apoio, esperança, estendamos a mão, mas não impeçamos que eles voem com as próprias asas, que essas asas também passem por feridas e que depois de cicatrizadas, novos vôos sejam alçados.
Só assim, se cresce.
Só assim, também crescemos.
Todos somos irmãos, caminhando em direção do Pai, mas não esqueçamos que somos Espíritos em evolução individual.
Quando o Mestre disse: “Brilhe a vossa luz”, era para que a nossa luz interna brilhasse e depois de brilhar e iluminar o nosso ser, que essa luz pudesse se juntar as outras luzes vindas de nossos irmãos de evolução e aí sim, caminhássemos de mãos dadas.
Todos temos uma imensa luz, não nos apeguemos a luz alheia, pelo contrário, busquemos pela nossa luz e com ela acesa, vamos nos unir as outras luzes e assim, seguir superando as trevas...
Tenhamos a nossa essência, quando chamados para uma tarefa, por mais que ela nos leve a posição de destaque, não nos percamos na vaidade, lembremos que somos obreiros na seara do Pai e humildemente cuidemos com amor do jardim que está a nossa frente.
Não permitindo que as ervas daninhas do orgulho contaminem as flores que lá se encontram.
Se nos foi concedido um talento, não foi para que nos vangloriemos, mas sim, para que pudéssemos servir ao Mestre, expandindo o seu Evangelho por onde andarmos, também somos seguidores do Mestre, como um dia foram os seus discípulos.
Hoje somos aprendizes do seu Evangelho...
Assim, todos, sem exceção, trazemos nossos talentos, que não podem ficar ocultos, mas também, não podem se perder nas teias da vaidade.
Usemos os nossos talentos, mas sempre praticando os ensinamentos ministrados por Jesus.
Ensinamentos esses que encontram sua base no amor , na caridade, na fé e na humildade.
Não percamos a nossa essência, porque viemos do Pai e é a Ele que retornaremos...
E a quem muito foi dado muito será cobrado, mas isso, não é motivo para temermos, porque se estivermos realmente abraçados aos ensinamentos do Mestre, muito poderemos fazer e no momento que chegar a colheita, serão os bons frutos que apresentaremos.
E voltados para os passos de Jesus, não desanimaremos quando encontrarmos a desaprovação, a injustiça, a intriga, a ofensa ou o julgamento, olhar que questiona, não, não desanimaremos, porque seguiremos com o Mestre ao nosso lado e recordando que Ele jamais desistiu mesmo sendo coroado com espinhos...
Não desistamos também, quando em nosso caminho surgir a forte neblina ou as nuvens forem escuras demais, não desistamos.
Perseveramos, olhando para a frente, mas olhando com a alma e só assim, enxergaremos, mesmo com a tempestade se formando, um filete de luz a brilhar no horizonte e confiantes sentiremos que ele nos aguarda e que passo a passo, podemos chegar a essa Luz.
Tenhamos disciplina, não aquela disciplina que nos leva ao pavor, mas sim a disciplina do comprometimento.
Tenhamos comprometimento, porque se fomos chamados para a seara do Pai, não foi à toa, haverá sempre algo que poderemos realizar e muito temos ainda a evoluir.
Perseveremos, trabalhemos, nos aperfeiçoemos e acima de tudo, abramos nosso coração para as lições de amor que o Mestre a cada momento nos envia.
E não deixemos que essas lições de amor cheguem até nós e fiquem paradas, vamos também compartilhá-las.
Analisemos como anda nossa bagagem, talvez haja muito peso inútil sendo carregado e dificultando nossa caminhada, tornando nosso tempo curto e nos prendendo as aflições.
Paremos e reflitamos sobre nossos sentimentos, as sensações que estamos doando, o que nossos olhos físicos enxergam e o que estamos fazendo dos minutos que nos foram concedidos nessa existência?
Nossos sentimentos são nobres ou nos sufocam?
Doamos otimismo, esperança, apoio ou só estamos presos a malícia, ao fanatismo, ao pessimismo?
Nossos olhos enxergam apenas a indiferença, a ingratidão, a antipatia, a mágoa e se esquecem de enxergar o filho de Deus, o nosso irmão que está a nossa frente e como nós também em processo de evolução?
O que estamos a fazer dos nossos dias?
Deixamos que eles sejam sempre cinzentos ou buscamos colori-lo com a esperança, com a confiança de que sozinhos não estamos?
Depende de nós...
Se ontem foi de tristeza, se o hoje amanheceu desanimado, paremos, paremos agora e modifiquemos nossas vibrações, busquemos pelo Alto e mudemos os rumos dos nossos passos.
Despertemos para a vida. Levantemos e sigamos.
Podemos sim, nesse instante, escolher outra estrada e começar a trilhá-la, indo gradativamente ao encontro da nossa renovação.
Sonia Carvalho
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