POR QUÊ?
Por que se preocupar? Por que sofrer antes da hora?
Podemos por acaso mudar o mundo?
Podemos impedir o mar de lavar as praias?
Conscientemente, podemos achar que todos os obstáculos são transponíveis? Podemos? Devemos? Faz sentido?
Render-se às evidências não é o óbvio?
Quando devemos lutar? Sempre?
Não será tolice tentar vencer um dragão de mãos nuas?
Não será uma temeridade enfrentar o mar em uma jangada tosca?
Como alcançar o sol sem uma nave especial?
Como chegar as nuvens sem um avião?
Como querer o céu com os pés plantados no chão?
A loucura pode tudo? Comanda tudo?
Não será mais lógico reunir forças, armas, meios para, então, lutar?
Lutar por lutar não é demasiado inglório?
Querer é poder?
Pode ser... Desde que o querer esteja no campo do viável...
Ser é sentir? Ser é existir? Ser é realizar? Ser é o quê?
Sentimos! Existimos! Realizamos! Somos?
Como definir o SER?
Somos o que queremos, ou o que podemos?
Por que queremos sempre mais do que está ao alcance de nossas mãos?
Por que estamos sempre desejando o fruto proibido?
Será herança atávica do ser humano?
Ou será essa a natureza humana?
Querer o impossível, tentar alcançar o inatingível,
Tocar o intocável, pegar o éter, ver o invisível...
Temos deveres para com nós mesmos...
Sofrer sim, amar sim, querer sim, sentir sim, desejar sim.
Mas com a racionalidade de nossos cérebros evitaras armadilhas do destino.
Os desejos impossíveis, as lutas improváveis, as tramas indesvendáveis...
Pisar o chão é nosso destino!
Saibamos obedecer essa lei da natureza.
Aceitar nossas limitações, correr das frustrações, dos fracassos e tudo que é contra a natureza vitoriosa do ser humano.
Mas nunca desistir de nada, pois, essa é condição única para atingir o sonho.
E sem sonho, não existe ser humano.
Hard Stone
https://br.geocities.com/hardstone48/Poesia2.html
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