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Quem és Tu?

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Quem és Tu? Quero dizer, exatamente quem és Tu? Tu és grande? Onde moras?
Sim, sim, já sei. Tu és onipresente e onipotente. Mas isso não me ajuda, não responde a minha pergunta.
Quem és Tu?
Quero dizer, quem és Tu quando rezo a Ti? Qual é Teu tamanho; quanto espaço ocupas? Onde posso encontrar-Te? Onde imagino que estás quando Te ofereço minhas preces?
Sim, sim, eu sei que Tu cercas e permeias todas as coisas. Sei que Tu preenches todos os espaços e envolves tudo que há. Sei que não tens forma ou rosto. Mas eu já Te disse: isso não me ajuda. Estes conceitos tornaram-se abstratos, palavras vazias, exercícios intelectuais. E quando eu preciso de Ti (e eu preciso de Ti), preciso saber quem és Tu, onde posso encontrar-Te, o local exato para onde voltar-me para oferecer-Te minhas preces...
À vezes eu rezo, e é como se Tu estivesses sentado à mesa, à minha frente. Só Tu e eu. Eu pergunto. Tu escutas. Estás concordando, mas não Te comprometes. Mesmo assim, sinto que se eu mostrar urgência, se for convincente, Tu responderás às minhas orações. Talvez não agora. Mas logo. Amanhã, talvez, quando eu acordar. Talvez no dia seguinte. Mas logo...
No início, não descobri a resposta à minha pergunta. De qualquer forma, não imediatamente. Mas entendi meu modo de rezar. Descobri algumas presunções inconscientes por trás de minhas preces. Mas não, minha dúvida ainda permanece. Quem és Tu? Parece que ao perguntar, aprendi mais sobre mim mesmo que sobre Ti...
De repente, certa noite não me perguntes como ou quando, o ponto se alargou. Tu não estavas do outro lado da mesa, do quarto, da cama. Não era minha concentração. Tu buscavas. Nem minha paixão nem meu desespero. Nem minhas súplicas ou reclamações.
De repente, Tu estavas em toda parte, lugares demais para eu atingir de uma só vez, para eu conter. De repente, eu era a ponta do cone e Tu o espaço largo cuja largura não tem fim (ou assim parecia).
E nesta percepção, alucinação, descoberta, em vez de focalizar meus pensamentos com concentração e desespero, abri meus braços, pois não havia lugar onde Tu não estivesses, e apenas abrindo meus braços, oferecendo-me enquanto rodopiava, lentamente, uma volta, devagar, de lado a lado, de trás para a frente, eu podia esperar encontrar a Ti.
E entendi por que árvores têm tantos ramos, e desejei ter mais braços para elevar e abrir. Entendi por que as flores têm pétalas macias que as cercam, subindo e se expandindo em Teu louvor, e desejei tal capacidade de ir acima e além, dentro, para encontrar a Ti, para louvar-Te. Para ser uma parte de Ti.
Tu. Bendito sejas.

(por Jay Litvin - chabad.org.br)


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