Retorno à Pátria Espiritual
O estado moral da alma é a causa principal que determina a maior ou menor facilidade de desprendimento. (Livro O Céu e o Inferno – Segunda Parte – Capítulo 1: A Transição)
Encontramo-nos em nova roupagem física, mas chegará o momento de novamente retornarmos à Pátria Espiritual. E quando isso ocorrer, não levaremos na bagagem nenhum bem material nem tampouco títulos e honrarias.
Tudo isso ficará na matéria e o que realmente seguirá com o nosso Espírito serão suas ações, sentimentos e pensamentos que irão refletir diretamente sobre sua condição moral. Reencarnamos na Terra, mundo de provas e expiações, para avançarmos espiritualmente, corrigindo enganos do passado, abandonando falhas e progredindo em direção à Luz Divina.
Essa é a nossa tarefa evolutiva! Mas se ao analisarmos o nosso atual momento, qual seria a avaliação que teríamos do nosso desempenho? Orgulho e egoísmo ainda encontram morada em nosso íntimo?
Maledicência e vaidade ocupam destaque em nossa mente?
Usamos o nosso tempo com atitudes benevolentes ou estamos presos ao comodismo?
Facilmente somos presos ao desânimo que nos leva a desertar dos ideais ensinados por Jesus?
Constantemente teremos a companhia dos amigos espirituais dispostos a reanimar nossas esperanças,contudo, se faz imprescindível a nossa colaboração. Não nos encontramos numa nova reencarnação a passeio, pelo contrário, fomos chamados ao trabalho evolutivo.
E esse, sempre se fará entre provas, não nos esqueçamos disso!
Cada qual traz desde a espiritualidade o roteiro necessário para o seu progresso moral, todavia, trazemos também o livre-arbítrio que nos permite determinar os caminhos que seguiremos, alterando assim, roteiros pré-estabelecidos.
Quantos não atrasam a própria evolução, agravando sua condição espiritual, por escolher imprudentemente as portas largas, que de início se apresentam floridas, mas posteriormente, convertem-se em estreitas e escuras estradas de espinho? Vigilância sempre! Toda ação remete a uma reação, essa é uma lei e não podemos fugir dela! E como andam as nossas ações? Urge o tempo de começarmos a refletir. Porque o que aqui estamos a semear, constituirá os frutos com os quais nos apresentaremos na erraticidade.
E o que estamos a semear? Deus não pede grandes semeaduras, mas sim, que possamos ser o servidor humilde e fraterno que jamais esquece de levar consigo a semente do amor e cultivá-la em todos os terrenos pelo qual passar.
Irmãos, chegará o dia em que nosso Espírito libertar-se-á do corpo físico rumando para novas experiências e cabe atentarmo-nos para a vestimenta espiritual que com nossas atitudes estamos a confeccionar.
O instante de transição para a Pátria Espiritual difere de Espírito para Espírito, ou seja, cada indivíduo irá experimentar diferentes graus de perturbação após a separação da alma e do corpo. “...Aquele que já está deputado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito tempo mais a impressão da matéria”. (Resposta à pergunta 164 do Livro dos Espíritos)
Valorizemos a oportunidade a nós concedida e, enquanto encarnados, prossigamos em nossa caminhada evolutiva, esforçando-nos em reconhecer o rumo que estamos a seguir nessa nova existência. Voltamos a reforçar: tudo o que aqui realizarmos constituirá o passaporte para nossa felicidade ou infelicidade na espiritualidade. Se já estamos a seguir o bem, perseveremos! Em caso contrário, paremos, reflitamos e recomecemos agora a trilhar o percurso correto. Jesus segue a nos abençoar hoje na vida material e amanhã; na espiritual.
Que com a sua paz possamos renovar nossas esperanças e ir adiante! Por seus frutos os conhecereis. (Mateus 7:16)
Sônia Carvalho
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