Ser espontâneo diante da morte
Morreremos como vivemos. Se tivermos passado a vida evitando falar sobre a nossa própria morte ou a dos outros, talvez não saibamos falar sobre ela agora.
Acredito que a necessidade de compreender a morte é semelhante à de uma criança quando descobre a sexualidade: o que ela necessitar saber, pode estar certo que irá buscar os meios de saber.
É fundamental que a pessoa que estiver falecendo sinta empatia por nossa presença, caso contrário, seremos mais um obstáculo para que ela relaxe e expresse seus sentimentos.
Costumo dizer que a habilidade de acompanhar um paciente terminal está em nossa sensibilidade para perceber o momento certo de entrar e sair de cena. Muitas vezes, as pessoas presentes ao redor do paciente possuem necessidades diferentes das dele. A arte está em reconhecer as diferentes sintonias e buscar harmonizá-las gerando espaço para que cada um possa se expressar, de acordo com seu estilo e tempo.
Bel Cesar
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