SINTONIA, ESTUDO e VIVÊNCIA
Sintonia, estudo e vivência, não necessariamente nesta ordem. Creio que estas são as principais características de um verdadeiro espiritualista.
Sintonia com o plano espiritual maior, ou com os amparadores, ou com os mentores, ou
com os espíritos de luz. Como queiram... O importante é manter a mente e o coração
conectados a algo bom, elevado, positivo, luminoso, que nos faça sentir bem, felizes
e serenos, que nos traga lições e experiências positivas, que nos faça crescer como espíritos.
O importante é estar sempre livres de preconceitos, julgamentos e críticas, mantendo
o coração sorrindo e o corpo iluminado.
Estudo contínuo de tudo aquilo que puder nos ajudar a entender melhor nossa condição de
espíritos vivendo experiências carnais. O que é a vida, o que é o corpo, pra que serve cada coisa? De que adianta ter uma boa sintonia se eles, os amigos espirituais, não puderem conversar conosco, porque não "falamos a mesma língua"? Não tem coisa mais frustrante do que vc sugerir um estudo, indicar uma leitura ou as fontes, e, na hora do "vamos ver", na hora de trabalhar, ninguém terido atrás, ninguém saber do que vc está falando...
Vivência de tudo o que se estuda e aprende. Colocar em prática a teoria, levar as lições para a vida rotineira, para o trabalho, para casa, para a escola. Viver o que se estuda e estudar o que se vive. Deixar que o conhecimento seja mais que conhecimento, tornando-se parte da nossa consciência.
Sintonia sozinha não faz milagres. Não há amparador que agüente um parceiro encarnado
ignorante e preguiçoso. Não adianta ficarmos mentalizando mantras, fazendo preces ou vibrando luz se não soubermos o que estamos fazendo, de fato, se não damos um fim útil a tudo isso,melhorando a nós mesmos no processo.
Estudo sozinho também não adianta muito. Endurece o coração, resseca a mente e nos torna opacos, frios, previsíveis demais. De que adianta sermos especialistas em algo, se isso não nos torna melhores como espíritos, como seres humanos? De que adianta sermos uma sumidade para o mundo se não somos capazes de sorrir ou abraçar a quem nos acompanha no mundo e fora dele?
Vivência sozinha também não é o indicado. Ninguém pode vivenciar, de fato, alguma coisa que não conheça a fundo e com a qual não esteja sintonizado. Uma vivência dessas é artificial, superficial, sem profundidade e intensidade, sem comprometimento ou responsabilidade.
Vivenciar é muito mais que viver, pois engloba sentimentos, mais do que idéias e pensamentos.
Um espiritualista comprometido com o seu crescimento, atua nestas três esferas, simultaneamente, fazendo o intercâmbio de informações, experiências e conquistas entre elas, crescendo por igual como consciência.
Por isso, o espiritualista considera-se sempre um passageiro da luz, um aprendiz da espiritualidade, um elo na corrente da vida. Nada o satisfaz mais do que perceber-se parte do processo que instrui a humanidade, alimentando o espírito. Nada o alegra mais do que uma nova lição aprendida.
Nada o faz sentir-se mais responsável do que uma nova conquista alcançada.
Seu compromisso não é consigo mesmo ou com as pessoas que o acompanham mais de perto, mas com a vida e, através dela, com toda a humanidade, onde quer que ela steja. Seu coração palpita por todos, sem julgar suas escolhas, sem questionar seus motivos.
Em tudo se pode ver seu brilho. Não o brilho externo do ego polido pelas mãos que o aprovam, para se sentirem aprovadas, mas o brilho interno da consciência que luta consigo mesma, dia a dia, redefinindo seus traços, purificando o coração.
Sintonia, estudo e vivênvia, seja em que ordem for, creio que estes são os principais pilares do espírito do espiritualismo consciente e sincero, que busca a elevação da essência divina da humanidade.
Maísa Intelisano em São Paulo - dezembro/2004
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