Soneto de Amor
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.
É um querer mais que bem-querer;
é solitário andar por entre a gente;
é um não contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade,
é servir quem vence o vencedor,
é ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode o seu favor
nos mortais corações conformidade,
sendo a si tão contrário o mesmo Amor?
O cultivo do Amor parece uma arte perdida, porém sabe-se que é preciso restabelecer as alegrias da alma.
Esse soneto de Luís de Camões, poeta português, é de 1895, mas nos mostra como o Amor permanece o mesmo nos corações. É necessário somente reconquistarmos a fé e a esperança no novo, no homem, na vida.
E viva o Amor!
Deixe seus comentários:
As opiniões expressas neste artigo são da responsabilidade do autor. O Site não se responsabiliza por quaisquer prestações de serviços de terceiros, conforme termo de uso STUM.