UM ENCONTRO AO ANOITECER
Estava eu a caminhar por aquela floresta densa, misteriosa e se fazia o entardecer.
Calava-me diante de seu mistério, nunca estive tão só!
Uma mistura de medo, e segurança, pois estava ali por minha vontade.
A noite se formou, quase não podia ver as estrelas, a lua misteriosa fitava-me através das árvores. Arrumei meu leito, um pequeno espaço entre raízes me sobrou.
Deitei, meu cansaço era enorme, mas a atenção não se calava.
Na escuridão da floresta tive minha grande surpresa.
Muita vida, uma expressão contínua onde não existia o nada.
Parecia que tudo ali estava desperto, vivendo intensamente.
O vento e as árvores tinham uma relação de harmonia, sua força movia os galhos como uma dança.
Folhas mortas caíam pelo chão, para dar espaço a uma nova vida, onde um canto constante trazia a harmonia da noite.
Minha quietude aumentava, sentia em meu ser a paz do sereno, a alegria dos animais noturnos, o alento daquela brisa fresca e úmida!
Fui surpreendido com a chegada de uma chuva fraca, num presentear a todos, com sua gentileza, trazendo o renovar da vida, e dando a mim a certeza de que ao amanhecer, tudo aquilo estaria com a vitalidade da Criação!
O sol chegou e sua luz aquietou os que estavam acordados e despertou os adormecidos.
E eu, bem, eu estava diante do amor da chuva, da gentileza do vento, da alegria dos pássaros e da serenidade das árvores, estava eu com todos, fazendo parte de toda a Criação!
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