Ver, o pensar e a porta aberta
É urgente voltar para quem você é.
Onde mora todo o seu desconforto e sofrimento?
Não é naquilo que você é.
É naquilo que você vê e repete como sendo você - vigorosamente,
insistentemente, repetidamente, ideologicamente e inegavelmente.
Você insiste em ser aquilo que vê, separado de todas as coisas.
Você se vê separado por se pensar separado.
Então pergunto: você vê o que pensa ou pensa o que vê?
Em realidade você não vê - pensa que vê.
Há em você um pressuposto a respeito de todas as coisas, que se articula apenas por oposição. Essa oposição gera conflito, que, por sua vez, gera sofrimento.
É urgente chamá-lo de volta a quem você é.
Desejar voltar-se para quem você é, é urgente!
Onde está a dúvida? Por que você não volta?
Porque insiste em negar que é aquele que vê, e não o que é visto.
Ao ver quem você é, a porta da compaixão se abre.
Nosso encontro, definitivamente, implica em invocar a possibilidade de você tomar, com maturidade, a atitude de voltar-se para dentro.
Volte-se para aquilo que você é, e questione-se.
Exercite seu potencial investigativo e veja que você não é aquilo que a sua mente insiste em dizer que você é.
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