Você pode comprar a felicidade?
A sociedade, a propaganda e até mesmo algumas religiões têm mostrado a felicidade como um bem de consumo, ao alcance do "cartão de crédito". Você concorda que somos bombardeados por isso e fica mais difícil enxergar a felicidade nos detalhes mínimos do dia-a-dia? Então, o que fazer?
A sociedade consumista tem, sem dúvida, o poder de fazer a cabeça das pessoas em torno da ideia que "ter cada vez mais significa ser mais feliz". Mas, novamente, voltamos ao ponto: "ser feliz é gostar do que você tem" e isso não depende de você ter cada vez mais, não depende de você ter o carro mais caro do mercado, ou uma casa de praia em Angra dos Reis, ou o vídeo game de última geração, ou coisas desse tipo. Tudo depende de como você aceita, ou não, o convite para consumir cada vez mais, ou se satisfaz com o que já está ao seu alcance.
Concordo que a pressão da sociedade de consumo existe, não há dúvidas. Por isso é tão importante você ter consciência de que para ser feliz não depende desses bens que ela vende como sinônimo de felicidade. Afinal, por mais que você consuma, sempre vão tentar lhe vender algo mais, para "torná-lo ainda mais feliz". Agora, você concorda que, por mais dinheiro que tenha, vai chegar uma hora que não vai dar para comprar mais? Nessa hora você vai sentir-se infeliz, caso associe consumo a felicidade.
Somos bombardeados pela mídia consumista, que nos passa uma ideia falsa de felicidade - pelo menos da forma como eles a apresentam. Por isso precisamos criar uma couraça de proteção, para não ficar muito sensível a esses apelos.
Essa couraça começa com um simples ato: foque sempre naquilo que você tem e não no que não tem.
Para exercitar essa postura, comece fazendo o seguinte: todos os dias, ao acordar e ao deitar para dormir, faça uma lista mental de todas as coisas boas que existem na sua vida. Sinta o quanto de bem cada uma delas traz para a sua vida e o quanto isso o deixa mais feliz. Depois, agradeça a Deus por ter cada uma delas em sua vida.
Você vai perceber como isso funciona bem e então passará a dar valor àquilo que realmente tem valor na sua vida e não para aquilo que os outros querem lhe vender.
Gilberto Cabeggi é escritor, autor do livro "Todo Dia É Dia de Ser Feliz", pela Editora Gente.
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