Você se relaciona através da Imagem Mental ou Real?
Por que sempre estamos criando imagens das quais muitas nem se confirmam?
Duas pessoas caminham em sua direção, uma você conhece, a outra não. De repente, em fração de segundos, você faz uma rápida análise dessa pessoa desconhecida. A amiga cumprimenta e apresenta a outra pessoa. Você age como não houvesse nada, mas começa a conversar e já procura mentalmente evidência daquilo que pensou sobre a pessoa desconhecida.
Tente você mesmo fazer a pergunta do porquê tem que analisar os outros...
Qual o motivo para você agir assim?
Começando a se perguntar irá perceber que existe algo de bom nesse comportamento. Dificilmente adotamos um comportamento sem qualquer benefício próprio. Agora perceba esses benefícios. Fazendo isso saberá entender melhor os motivos. Assim terá mais consciência das suas necessidades.
O que posso adiantar é que na próxima vez que acontecer de você se agitar e querer antecipar as situações causando ansiedade, sua mente irá dar o alertar.
Nesse instante, estará observando seus pensamentos. Desta forma irá, a cada circunstância, percebendo seus reais anseios e receios de que forma está controlando a situação.
Estamos a todo momento sendo abordados por pessoas do nosso convívio familiar e profissional. Existem pessoas que temos uma profunda afeição e confiança e outras que mantemos a distância, mas por que não conseguimos ser amigo de todos?
Nossas experiências passadas estão armazenadas em nossa memória, assim como aquelas que acabamos de experimentar. Essas experiências são desencadeadas através de estímulos externos de pessoas e situações como alguns exemplos: expressões do rosto, comportamento, olhar, atitude, tom de voz, comunicação e outros.
Às vezes até parece que não as controlamos, mas é ilusório pensar assim, pois elas estão sendo acionadas conforme o nosso momento emocional.
Quando estamos assistindo um casal se beijando na novela, rapidamente acionamos algumas lembranças de experiências parecidas com aquela da tela. É só lembrar como você sai do cinema quando assistiu um filme romântico ou uma comédia. Tudo que nos cerca movimenta nosso emocional.
Como podemos passar a movimentar esse meio ao invés de deixar que ele nos movimente?
A única saída é perceber o porquê, como, quando e quanto eu estou me deixando influenciar.
A resposta emocional a um encontro, ou uma amizade pouco simpática a nós, deve-se a ligações que fazemos entre a nossa memória do passado com o presente.
As pessoas que possuem um controle grande normalmente se sentem ansiosas.
Dificilmente relaxam e têm sempre uma atitude controlada e pouco espontânea.
É bom ressaltar que a ansiedade não é de todo ruim, porém, manter-se muito em situação de ansiedade denota uma dificuldade em relaxar.
O que é ter ansiedade?
Ansiedade é uma reação sobre uma representação específica a situações de perigo.
Eu lhe digo que você está escolhendo ser ansiosa(o). Muitos vão negar, porém as experiências confirmam. Vamos ao seu teste:
Pense, qual a minha recompensa em ser ansioso?
Pare e pense um pouco...
Eu posso enumerar algumas respostas:
- Estar sempre atento;
- Preocupar para que nada saia errado;
- Fazer sempre o "certo";
- Ter sempre o controle.
Pense comigo: você conhece alguém que consegue manter o controle sobre tudo?
Queremos segurança, mas não podemos ter, isso é fato. Mas instintivamente buscamos essa segurança. Faz parte do ser humano esse sentimento, assim como querer estar certo. Mas o que é "certo" para mim, pode ser "certo" para o outro?
Você vai entender que cada pessoa tem a sua própria experiência do que é "certo" e muitas vezes não é o mesmo para nós. Tudo depende de ponto do vista de cada pessoa.
Agora eu lhe pergunto: quando tentou compreender o jeito "certo" do outro? Difícil, não?
Pois quase sempre esse "certo" vem com uma carga de sentimentos(como faço as minhas coisas e conquisto valor) e nos impede de olharmos para o "certo" do outro.
Somos seres por natureza individuais e únicos, mas isso não quer dizer ser individualista, e sim, alguém que possui uma carga mental e emocional própria para os seus anseios de vida.
Quando aceitamos e compreendemos as diferenças pelo lado do relacionamento real, ou seja, sem preconceitos (ideias imaginárias sobre o outro) ou ainda conscientes desse comportamento de querer prever quem é o outro, para nos sentirmos mais seguros. Poderemos perder essa necessidade de querer sempre nos antecipar, caso entendamos que somos os únicos responsáveis pelo resultado de nossas ações e quanto mais eu me conheço mais espontâneo e tranquilo será os meus relacionamentos. Pois saberá que tudo que deseja depende unicamente de sua vontade em realizar.
Outro fator importante é ajustarmos a nossa comunicação, pois ao longo do tempo se treinou a se comportar no controle (tentar imaginar intenções e fazer julgamentos sem dados reais) é de se esperar que tenhamos adotado uma comunicação mais generalista e pouco questionadora. Ouvimos muito pouco e normalmente interpretamos o que outro está tentando nos dizer e pouco questionamos sobre o assunto. Quando algo de errado acontece, lamentamos a nossa falta de atenção e informação.
- Pare agora e tente lembrar alguns incidentes por essa falha na comunicação.
Nossa comunicação é na sua grande maioria limitada pelos nossos pensamentos competitivos e comparativos o que faz com que a comunicação seja mais superficial e menos realista.
Quanto maior a sua compreensão pelos seus receios e anseios ao meio que convive, mais cedo poderá abandonar a necessidade de antecipar(ansiedade). Pois ao invés de ficar se antecipando em relação ao outro, agora você vai centralizar em suas necessidades e passar aceitar ou modificar comportamentos para ampliar as possibilidades de crescimento. Essa tarefa irá exigir muita atenção e observação em seus pensamentos e sentimentos, mas pode ficar tranquila que o fato de tomar conhecimento já lhe será muito útil e o processo flui naturalmente sem ter a necessidade de forçar. Esse processo vai levar o seu tempo, portanto, respeite.
"Tudo o que nos chega à consciência jamais será esquecido, porém a mágica da transformação depende do que você faz com a descoberta".
Até mais...
Margareth Marchi
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