Senhor, tu foste o nosso abrigo, de geração em geração. Antes que nascessem os montes e fossem engendrados a terra e o mundo, desde sempre e para sempre, tu és Deus. Reduzes o homem ao pó, dizendo: "Retornai, filhos dos homens". A teus olhos, mil anos são como o dia de ontem, que passou e como a vigília noturna. Tu os arrebatas; são como um sonho matinal, transitórios como a erva: de manhã floresce e viceja, de tarde murcha e seca. Sim, nós somos consumidos por tua cólera, abalados por teu furor. Puseste nossas culpas diante de ti, nossos segredos à luz de tua face. Assim nossos dias dissipam-se diante de tua cólera, findamos os anos como um pensamento fugaz. Setenta anos é a duração de nossa vida; oitenta anos, se for vigorosa. Mas vangloriar-se disso é fadiga inútil, porque passam depressa e nós levantamos vôo. Quem chega a compreender que tua ira seja tão veemente, e tua cólera tão terrível? Por isso ensina-nos a dispor de nossos dias, de modo a adquirirmos um coração sensato. Volta-te, Senhor! Até quando? Tem compaixão de teus servos! Sacia-nos desde a manhã, tua misericórdia e exultaremos de alegria, todos os dias. Dá-nos alegria pelos dias em que nos humilhaste, pelos anos em que provamos a desgraça! Que tua obra se manifeste a teus servos, e a teus filhos o teu esplendor! Desça sobre nós a bondade do Senhor nosso Deus! Consolida para nós a obra de nossas mãos!
(Sugestão de Miriam Carvalho em seu texto de 20/10/03)
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