Fiquei atônito -há poucos minutos-, ao ler um comentário deixado nos Blogs por uma usuária que tinha sofrido, após vinte anos de "casamento perfeito", uma traição por parte do marido. Ainda que ele tivesse largado sua relação extraconjugal, a esposa havia ficado depressiva, com síndrome de pânico, dependente de "remédios fortes" e terapia. Ficara sem chão, pois este era "garantido" pelo marido.
Ao final, um apelo realmente desesperado foi deixado para que as pessoas não traiam, pois isto colocaria em risco (segundo ela) a própria vida do ser humano traído.
Fazia muito tempo que desejava escrever um pouco sobre este vastíssimo universo dos relacionamentos, mas ler este testemunho foi o gatilho definitivo. Algo gritou em mim para tentar exteriorizar alguns conceitos que podem começar a modificar nossa forma de relacionamento, principalmente o que costumamos chamar de "amoroso".
Dói sobremaneira perceber o sofrimento de uma irmã de caminhada, mas não acredito no acaso. Não posso julgar ninguém; mesmo tendo alguma idéia quanto à origem do problema: uma comunicação parcial, truncada ou inexistente, a presença de forte apego a valores obsoletos, vencidos.
Valores esses que se constituem em verdadeira porta para as doenças, o medo, a solidão e a carência, -que têm por base o controle, a manipulação, a troca pura e simples (ou escambo) com alguém; onde ambos cuidam de contabilizar os "pontos" acumulados de cada um, gerando um distanciamento continuado, quase uma desconexão da própria essência divina; a Alma clamando para ser finalmente levada em conta, deslocando a união para outro nível, para outras esferas onde não existem mais amargura, angústia e ansiedade.
Bom, podemos começar agora mesmo a deixar para trás atitudes negativas, de posse, de separação, de escassez, de ilusão que na realidade já pertencem ao passado e somente nos afastam da Fonte, de nossos entes queridos, de nós mesmos... da vida verdadeira que espera para ser desfrutada plenamente até o fim que não é fim de coisa nenhuma, pois nos leva de volta à Origem e nos prepara imediatamente para nova aventura cósmica.
Este lugar que nos afasta por completo da dor, da raiva e da frustração se encontra bem perto, fica lá onde mora a Consciência da Unidade. Aquela certeza incorruptível que vem de dentro e que diz em tom forte e claro que eu sou o outro Você; que somos todos um só. Que nunca existiu separação daquilo que foi criado junto em nome do Amor Supremo, que não conhece diferenças de credo, cor, raça, posição social, idade... que não condena, não pune, que desconhece a culpa e vê todos como criaturas amadas que aqui se encontram para desenvolverem suas habilidades inatas e co-criarem este Universo Infinito.
Neste lugar, não vigoram mais as leis dos homens, aquelas que todos conhecemos e que muitos ainda temem e aceitam.
Estamos numa dimensão acima. A quarta. A espiritual.
Buscando incorporá-la aqui mesmo, neste mundo da matéria.
O caminho é simples, basta usar a vontade, o desejo, virtudes que bem conhecemos. Basta dirigi-las de forma diferente, em outra direção... para o alto, esquecendo muito do que temos aprendido como correto, como base de nossa existência.
E o alto a que me refiro não fica lá em cima, além das nuvens.
Refiro-me aos pontos superiores dos sete chacras, nossos principais centros energéticos.
Creio que quase todos conheçam e tenham experimentado a presença gerada pela vibração característica de nossa sobrevivência e nosso sustento, o primeiro centro, na base da coluna; a seguir, a força e prazer da sexualidade, pilotada quase sempre -e ainda-, pelas emoções, as paixões arrebatadoras que podem explodir com a força de um vulcão em erupção. O ponto de equilíbrio fica no quarto centro, o do coração, bem no meio do peito, que nos abre o caminho para o amor incondicional, para os sentimentos que nos "elevam" e nos preparam para dar o grande salto "para cima".
Sim, creio tenha chegada a hora em que é necessário e inevitável começar a sintonizar, a revigorar nossos centros superiores aprimorando a criatividade que também vem da fala, do poder do verbo, junto com a comunicação clara (o quinto centro).
A seguir, observamos a percepção extrasensorial, a intuição e a sabedoria (governadas pelo sexto centro - literalmente o "sexto sentido"), e, por último, o "coronário", o canal que fica no topo da cabeça e nos conecta direta e permanentemente com a Fonte.
Estimular, ativar com exercícios simples estes canais superiores nos permite a liberação definitiva do sofrimento em cada aspecto de nossa existência, principalmente em nossa vida afetiva.
Centrados e em harmonia energética, saberemos finalmente encontrar o outro, logo ao primeiro toque, naquela profunda troca de olhar, aquele que inconscientemente -mas por completo-, lê a fundo a alma e a faz vibrar intensa mas suavemente, reconhecendo a pessoa certa para viver bem cada instante, estando perto ou longe, em condição de ajudar, inclusive à distância, ao perceber o menor desequilíbrio, utilizando a força que emana da sabedoria agora disponível e internalizada.
Como é bom intuir, mesmo sem precisar estar perto, ter na tela mental o sorriso do parceiro, poder se comunicar sem palavras, no silêncio da troca sutil, compartilhando as experiências e crescendo a cada troca.
E a sexualidade... finalmente em sintonia fina com a unicidade do parceiro, com a percepção total do momento e da necessidade do outro, ancorada finalmente e somente no respeito, na cumplicidade, no carinho e na ternura... criatividade absoluta em todos os sentidos, mesmo no aspecto de gerar uma nova vida, que virá trazendo em sua alma essas vibrações sublimes... uma criatura livre e amorosa.
Vamos procurar lembrar que a lei da atração é uma das sete leis espirituais.
Carente atrai carente. Alegria atrai alegria.
Mas tudo muda, tem seu ritmo, vibra, passa (mais leis espirituais). Portanto, podemos mudar esses estados de alma mesmo nas piores condições que nos foram impostas pela lei do Karma, outra lei absolutamente irrevogável...
Sem esquecer a que nos confirma que "o que está em cima está aqui em baixo também"... nos solicitando a construção desta ponte entre o espiritual e o material, encurtando a distância entre os planos, reduzindo a dualidade, chegando, enfim, a viver o céu aqui na Terra mesmo, na plenitude da Luz.
Somos todos um só!
Sinto muito - Eu te amo - Muito obrigado.
Sergio - STUM
Participe, clique aqui e deixe seu comentário
Confira a seguir material em sintonia com este especial:
|