Devo muito a Wagner Borges e, sempre que olho para trás na história da minha vida, percebo como ele foi importante e continua sendo, como valioso e incansável colunista do STUM, freqüentador cativo da página principal e dos Blogs.
Já faz uns vinte anos que, numa prateleira da magnífica livraria esotérica Zipak, em SP - uma enorme perda que tenha fechado - um pequeno folheto em preto e branco, largado numa prateleira, chamou minha atenção de maneira irresistível. Um desenho simples mostrava as silhuetas de dois corpos: um, preto, deitado na cama e outro, branco, ligado por um fio, pairando sobre ele... mais as palavras "Viagem Astral" e o convite a participar de uma palestra.
Na época, eu era um tímido, cético e inexperiente aprendiz - continuo assim ainda, tirando o ceticismo - mas carregava em meu peito uma forte energia de busca, que me empurrava de forma decisiva para conhecer o novo, o desconhecido e o que estava além do mundo material e que me levou, de início, a assistir às palestras gratuitas das sextas-feiras à noite do Wagner.
Adorava o jeito descontraído, simples e alegre desta Alma iluminada e acabei freqüentando regularmente o Espaço dele; por fim, participei de alguns excelentes cursos, junto com meu filho de 15 anos de idade na ocasião. Tratava-se de programas imperdíveis que nos deixavam sempre com o coração leve e contente e que acabavam somando indispensáveis experiências e informações básicas para nossa caminhada, nos libertando definitivamente do medo, da insegurança e da ignorância que nos acompanhavam.
E o retorno, o presente do Universo por nossa dedicação não tardou a ser entregue.
Foi naquele sábado à tarde, chuvoso e sem compromissos em São Paulo, o filho dedilhando com proveito na guitarra e eu com uma enorme vontade de meditar... fui pro meu quarto e, sentado na cama, rapidamente entrei em relaxamento profundo.
Quando todos os sentidos físicos estavam absolutamente desligados e tempo e espaço já perdiam seu significado, de repente, percebo, com os olhos da mente, um simpático casal em meu quarto. Duas pessoas doces e simpáticas, ele bem careca e ela de cabelo branco, que me perguntam, também mentalmente, se "eu quero fazer".
Como a energia que emanava dos dois era amorosa e cativante, aceitei, mesmo sem saber o que era para fazer... e os dois então desapareceram, me deixando sozinho novamente.
Mas, ato contínuo, o "meu braço direito", ou melhor, a parte energética dele, com um ruído leve e muito definido se deslocou para cima. "Sentia, sabia que ele estava parado no ar como numa saudação. E aí foi a vez do braço esquerdo, a perna direita e a esquerda. Alguém me puxou pra cima pelo umbigo e começou a nítida sensação de estar com o corpo no ar, preso, porém, pela cabeça, ao corpo físico.
Naquela hora fiquei desconfortável, não se tratava de medo, mas de ir pro próximo passo. Foi quando lembrei das técnicas que o Wagner tinha ensinado e fiz uma rápida rotação pra direita e fiquei solto, livre e sem saber bem o que fazer... debaixo da cama. Nesta hora passei apertado, pois queria ficar de pé e não conseguia, pois aquele "novo eu" que começava a descobrir, não queria responder aos movimentos que tentava fazer, já com alguma preocupação, pois até movimentos de natação tinha ensaiado, mas a cama insistia em permanecer em cima de mim.
Aos poucos, novamente relaxado e mais confiante, comecei a volitar, utilizando timidamente as ferramentas mentais. Consegui ficar em pé e realizar um movimento pendular curto, me virando também e olhando para o meu corpo (o de carne) inerte e feio. Ampliei meu movimento pendular, como que num brinquedo que V. descobre aos poucos como funciona. Comecei a sair pelas paredes, gerando aquele ruído inicial típico, um "vuuuuum", uma freqüência muito elevada, e a me regalar com aquela experiência. Era eu, com todas as minhas emoções, sentimentos, memórias, projetos, voando em paz pelo quarto, como que pendurado a um distante ponto lá em cima, vendo com outros olhos, ouvindo por outros meios. Lúcido, consciente; lembro como se fosse hoje que não queria sair de lá, mas estava como que louco para contar sobre aquilo ao meu filho na sala.
Voltar... foi mais complicado que flutuar, porém a esta altura tinha ganho um confiança maior; somente consegui na terceira passagem sobre o "boneco" que estava sentado lá. Ao coincidir finalmente as duas partes, quase que imediatamente "retornei a mim" com uma respiração profunda, literalmente pulando da cama e correndo pelo corredor para - ofegante - tentar explicar sobre o presente recebido ao filho... segundo ele, tinha passado cerca de uma hora e meia, no tempo daqui.
Muita, muita água passou por debaixo da ponte depois deste episódio e agora percebo o quanto atuamos em todos os níveis quando supostamente estaríamos "descansando na cama".
Boneco não descansa... nossa Alma - consciente ou não - navega pelo Universo em incessante aprendizado e devotado serviço; muitos dos que estão lendo agora este texto devem ter infinitas histórias para contar também. Quem passa por uma vivência desse tipo não volta mais a ver a vida, o mundo em que vivemos da mesma forma. A gravação do ocorrido permanece nítida para sempre e os horizontes se abrem de forma absoluta, dando sentido e força à caminhada, que nos vê todos como protagonistas principais e nunca como meros coadjuvantes ou seres ligados a dogmas, páginas de livros desatualizados ou experiências contadas por outros...
Portanto, se não sentiu firmeza no que acabo de escrever, simplesmente esqueça, ou salve nalguma pasta especial de seu PC para abrir mais adiante, quem sabe até lá já não tenha recebido V. também algum presente legal que venha a mudar sua forma de pensar...
Quanto ainda temos de buscar... quantos presentes ainda o Universo guarda para nós... e como é bom perceber o carinho, o amor verdadeiro, o respeito e a total livre-escolha com os quais o Universo nos brinda, nos contempla e nos entrega... Basta estarmos abertos, confiantes, relaxados e agradecidos!
Abençoados sejamos.
Somos Todos UM!
Sergio STUM
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Confira a seguir material em sintonia com este especial:
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