Todos os caminhos fundem-se na montanha

Todos os caminhos fundem-se na montanha
Autor Ula Léa Schreiner (Sandesha) - [email protected]
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Texto de Osho - extraído o livro "Meditação a Primeira e Última Liberdade"


A consciência é um valor mais elevado que o amor?


O Pico mais alto é a culminação de todos os valores; verdade, amor, consciência, autenticidade, totalidade. No pico mais alto eles são indivisíveis. Eles estão separados somente nos vales escuros da nossa inconsciência. Eles estão separados somente quando estão poluídos, misturados com outras coisas. No momento em que eles se tornam puros, eles se tornam um; quanto mais puros, mais perto eles chegam um do outro.
Por exemplo, cada valor existe em muitos planos; cada valor é uma escada de muitos degraus. O amor é luxúria - o degrau mais baixo, que toca o inferno; e o amor é também oração - o degrau mais alto, que toca o paraíso. E, entre esses dois, há muitos planos facilmente discerníveis.
Na luxúria, o amor é somente um por cento: noventa e nove por cento são outras coisas: ciúmes, viagens de ego, possessividade, raiva, sexualidade. É mais físico, mais químico; não é nada mais profundo do que isso. É muito superficial, não tem nem a profundidade da pele.
À medida que você vai mais alto, as coisas se tornam mais profundas; começam a ter novas dimensões. Aquilo que era somente fisiológico começa a ter uma dimensão psicológica em si. Aquilo que não era nada mais que biologia, começa a se tornar psicológico. Nós fazemos parte da biologia, juntamente com todos os animais; nós não compartilhamos da psicologia com todos os animais.
Quando o amor vai ainda mais alto – ou mais fundo, que é o mesmo – então ele começa a ter algo do espiritual nele. Torna-se metafísico. Somente os Budas, os Krishnas, os Cristos, conhecem esta qualidade de amor.
O amor é espalhado por toda parte e o mesmo acontece com outros valores. Quando o amor é cem por cento puro, você não pode fazer nenhuma distinção entre o amor e a consciência; então eles não são mais duas coisas diferentes. Você não pode fazer nenhuma distinção nem mesmo entre o amor e Deus; eles não são mais dois. Daí a afirmação de Jesus de que Deus é amor. Ele os faz sinônimos. Há um grande insight nisto.
Na periferia, tudo parece separado de tudo o mais; na periferia a existência é múltipla. À medida que você chega mais perto do centro, a multiplicidade começa a se fundir, a se dissolver, e a unidade começa a aparecer. No centro, tudo é um. Desse modo, sua pergunta está certa somente se você não compreende a qualidade mais alta do amor e da consciência. Ela é absolutamente irrelevante se você teve qualquer vislumbre do Everest, do pico mais alto.
Você pergunta: “A consciência é um valor mais alto que o amor?”
Não há nada mais alto e nada mais baixo; na verdade, não há dois valores, absolutamente. Há dois caminhos do vale, conduzindo ao pico. Um caminho é o da consciência, o da meditação; o caminho zen. O outro, é o caminho do amor, o caminho dos devotos, dos bhaktas, dos sufis. Estes dois caminhos estão separados quando você começa a jornada; você tem de escolher. Seja qual for que você escolha, ele irá conduzi-lo ao mesmo pico. E, a medida em que você chega mais perto do pico, você ficará surpreso; os viajantes do outro caminho estão chegando mais perto de você. Lenta, lentamente, os caminhos começam a se fundir um dentro do outro. Quando você atingiu o supremo, eles são um.
A pessoa que segue o caminho da consciência encontra o amor como uma conseqüência da sua consciência, como um subproduto, como uma sombra. E a pessoa que segue o caminho do amor encontra a consciência como uma conseqüência, como um subproduto, como uma sombra do amor. Eles são dois lados da mesma moeda.
E, lembre-se: se sua consciência carece de amor, então, ela ainda está impura; ela ainda não conheceu cem por cento da pureza. Ela não é ainda, realmente, consciência; deve estar misturada com inconsciência. Não é pura luz; deve haver bolsões de escuridão dentro de você, ainda trabalhando, funcionando, influenciando-o, dominando-o. Se seu amor é sem consciência, então ainda não é amor. Deve ser alguma coisa mais baixa, alguma coisa mais perto da luxúria, do que da oração.
Assim, deixe isto ser um critério. Quando sua consciência, subitamente, florescer no amor, saiba perfeitamente bem que a consciência aconteceu, o samadhi foi atingido. Se você segue o caminho do amor, então , deixe a consciência funcionar como um critério, como uma pedra de toque. Quando, subitamente, vinda de lugar nenhum, bem lá no fundo do seu amor, uma chama de consciência começar a se levantar, saiba perfeitamente bem...Regozije-se! Você chegou em casa.
Osho

Extraído Do livro "Meditação a Primeira e Última Liberdade"



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Conteúdo desenvolvido por: Ula Léa Schreiner (Sandesha)   
Terapeuta há 27 anos. Mestre Reiki com formação no Brasil, Índia e Espanha, Theta Healer pela THInK, Renascedora, Professora de Reiki, Meditação, Numerologia e Cabala. Com extensa formação holística, graduação e pós graduação em Odontologia, Especializações lato sensu em Terapia Floral, Psicologia Transpessoal e Docência e Prática de Meditação.
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