Caridade como desencargo de consciência

Caridade como desencargo de consciência
Autor Lisandro - [email protected]
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Quando você ajuda as pessoas, sente-se culpado, acreditando apenas estar tirando um fardo, um peso de sua consciência? Muitas pessoas, infelizmente, despejam comentários maldosos na internet contra instituições de ajuda, caridade e preservação. Dizendo que tudo o que estamos fazendo serve apenas para aliviar o peso que carregamos na consciência. E fatalmente, essas pessoas acabam atingindo outras pessoas, despreparadas, que ainda estão caminhando para a Luz.

Qual a sensação que você sente quando ajuda alguém? Sente-se bem, não? Mas outros sentem-se culpados, ao mesmo tempo. Talvez isso tenha uma explicação. Na antiguidade, nos tempos bárbaros da inquisição, a busca pelo prazer pessoal foi bruscamente punida pela igreja. Torturas de todo tipo, que causaram a morte de milhões de pessoas, entre elas muitos pagãos (que viviam no pago, na natureza, por isso a palavra pagão (paganus) foi o quinhão que aquelas pessoas, boas pessoas, receberam por sentir prazer em viver.

Por isso, hoje em dia é natural que dezenas de seres humanos se culpem ao sentir prazer: segundo os dogmas de hoje, que muitos seguem, é "pecado" sentir prazer em se alimentar, beber, rir, ter relações sexuais, etc. Este tipo de punição acabou se estendendo para praticamente todos os setores da sociedade, onde sentir prazer e sentir-se feliz, é algo proibido, passivo de culpa.

Sendo assim, o fato de ajudarmos grupos ou comunidades, como por exemplo, as pessoas que sofreram com a tragédia no Rio, Paraná e Japão, termina muitas vezes por nos trazer um sentimento de culpa, como se apenas uma carga estivesse sendo aliviada, como se não estivéssemos fazendo mais do que nossa obrigação.

Primeiro: ajude se tiver vontade. E não confunda essa vontade com "pena". Esse sentimento na verdade está sendo confundido com compaixão. Ter compaixão e ter "pena" de alguém são coisas distintas. E após o ato de ajuda estar consumado, a alegria, o prazer e a felicidade de ajudar, são confundidos com um mero desencargo de consciência.

Não é disso o que precisamos. E nem de pessoas que deixam de ajudar por acharem apenas estar aliviando essa consciência. Isso na verdade seria mais um peso do que um alívio... Não acredite se alguém disser que ao ajudar está vendo as pessoas como um simples objeto. Aceite a compaixão e depois disso a alegria, o prazer e a felicidade de estar contribuindo no mundo com as pessoas que precisam de você. Eu garanto que se elas pudessem expressar sua opinião sobre a ajuda recebida, o pensamento delas não seria o de ser apenas objeto de outros, mas de gratidão por haver pessoas no mundo que verdadeiramente se importam com elas. E disso todos nós estamso precisando.

Não importa se sua ajuda será financeira ou não, se será muito ou pouco (nunca será pouco, mesmo que você acredite estar ajudando com pouco), se será com trabalho voluntário, com uma prece, um sentimento de gratidão, ajudando alguém a atravesssar a rua ou cedendo um lugar no ônibus. Não importa. A palavra doação não está se referindo aquilo que você deu, mas que você está se doando para a humanidade. Quer dizer o que você doou de você mesmo: seu Respeito, seu Amor e sua Boa Vontade. E isso jamais poderá ser reprimido por ninguém.

Ajude! Mas só se for de coração e sem se sentir obrigado. E principalmente, sem culpa!
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