Certa vez eu estava em um restaurante e vi uma menina de costas. Ela estava de minissaia, cabelos louros e compridos, vestida em um estilo bem adolescente. Eu não a conhecia, então continuei andando. De repente, ouvi a voz de uma senhora de idade me chamando: "Não reconhece mais os amigos?" Quando me virei, a menina de minissaia aparentava uns sessenta e cinco anos e a reconheci pela voz e pelos olhos. Era uma pessoa que eu não via há algum tempo e que havia feito tantas cirurgias que estava incognoscível. Não quero fazer julgamentos, pois nada tenho a ver com a vida das pessoas. Cada um é livre para exprimir-se do jeito que melhor lhe aprouver. O que acontece é que, quanto mais as pessoas por aí tentam corrigir sua imagem no espelho, mais tristes e infelizes elas se tornam, porque a cirurgia que precisa ser feita é na alma, para que elas se aceitem do jeito que são, que consigam divertir-se consigo mesmas, sentir amor por si mesmas.
Muitas vezes, a pessoa nasce com um corpo que ela não considera o ideal porque justamente aquele nariz que ela não suporta vai aflorar nela situações de timidez que ela precisa curar. Então, ela vai lá e "corta" a metade do nariz e então se sente melhor, percebendo que isso funciona. Então, ela pensa: "Ah, se funcionou com o nariz, deve funcionar com as orelhas". Depois com os seios, e a barriga, e os braços etc., até que a pessoa fique com a saúde em risco, com suas expressões descaracterizadas ou com problemas mentais, porque ela já nem sabe mais quem é.
Em uma viagem que fiz a trabalho, comecei a observar as mulheres que entravam no avião. Surpreendentemente, as mulheres de uma mesmafaixa etária possuíam os cabelos, as bocas e os olhos todos iguais. Rostos tristes, cansados, decepcionados... Uma aplicação de botox não pode trazer autoestima, porque ela nada tem a ver com imagem corporal, e sim com a consciência de gostarmos de ser do jeito que nós somos.
Cirurgias não curam a autoimagem distorcida que muitas pessoas enxergam no espelho. Isso vem de dentro; portanto, antes de tomar qualquer decisão cirúrgica, tome uma decisão que vai melhorar a sua alma, pois ela é imortal, ela não perece e não sofre com o tempo, só melhora. O envelhecimento do corpo é importante para lidarmos com o nosso orgulho e aceitarmos que nosso corpo físico é mortal e perecível.
A vaidade tem limites e não é a coisa mais importante do mundo. Isso nós só percebemos quando vamos adquirindo maturidade, o que pode ocorrer aos oito ou aos oitenta anos. Existem muitas crianças maduras e muitos idosos infantis.
Pense nisso!
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Escritora, Empresária, Palestrante e Pesquisadora da área Holística e Esotérica. Patrícia é co-fundadora da instituição Luz da Serra e possui 5 livros publicados: Grandes Mestres da Humanidade, Evol. Esp. na Prática, O Criador da Realidade, Ecologia da Alma e o Caminho do Buscador. Portal: www.luzdaserra.com.br E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |