SER O QUE É!

SER O QUE É!
Autor Carmem Calmon Lacerda - [email protected]
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"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!
Nesta musica de Caetano Veloso encontro muito de mim e de todas as mulheres que se permitem ser mulher: mulher menina, mulher mãe, mulher guerreira, mulher dengosa, "fresca", moleca, e também uma mulher, mulher.

Hoje percebo nas mulheres em geral, e nas mais jovens, em especial, um afã em ser o que não é...
Vejo mulheres que brigam por um poder antes criticado como defeito masculino; eterna briga de egos; discutem aos brados em locais públicos; os filhos- um fardos; os jovens- "aborrecentes"; os idosos- "pesados de carregar"; os homens- opa, nestes não dá para confiar, e as mulheres- ah, nada como a nossa antiga infidelidade ao nosso próprio time.



Aliás, se há algo a ser copiado das amizades masculinas eu consideraria a LEALDADE- inveja saudável que me motiva ser uma amiga melhor. Leal como sempre fui, porém, mais presente, pois agi como algumas (maioria) mulheres de osso e também carne, que deixam os filhos, relacionamentos e trabalho tomarem o lugar, real espaço físico mesmo, de nossas amigas.


Onde foi parar esta delícia de ser o que é?
Ser o que é: quantas pessoas podem e realmente gostam disso? Para mim é um luxo, e procuro ser o que sou. Mas realmente se paga um preço. O pior deles e que as pessoas sempre te olham como se você estivesse fingindo, afinal "em terra de cego, quem tem olho é rei". O outro a ser mencionado é que você nunca sabe se o outro sacou que você
é você mesma!



O título da música foca bem isso: "DOM DE ILUDIR!" Temos este dom? Aff, dizem que sim, mas hoje percebo as mulheres SE iludindo e sendo iludidas: inversão de papéis? Saudades de um tempo distante? Opa será a lei do Retorno outra vez?
Paremos para relembrar da época nem tão distantes de minhas avós, algo em torno de 80 anos atrás: as mulheres de então são tidas hoje como infelizes, exploradas e domesticadas pelos maridos.
Não vejo assim: eram mulheres de fibra, em sua maioria, do lar, sim, mas com gosto.
Um colega nada convencional me fez o seguinte desabafo:
"Que saudade da roça: a gente vai trabalhar e deixa mulher e filhos em casa sabendo
que tudo vai estar em seu lugar na volta: comidinha quente, mulher com cheiro de sabonete, limpa e dedicada a servir a janta e servir a cama também, rss. Que mais um homem pode desejar? E lá nos lençóis eu falo do que aconteceu na roça, dos bichos que estão me perturbando a plantação, dos rapazes que param o tempo todo como se feitos de palha: a "machice" sumiu! Ela resmunga um pouco da bagunça das crianças, fala da roupa que lavou e estava muito "encardida", estas coisas da vida mesmo. Vez ou outra ela precisa de um dinheirinho que tenho muito gosto em deixar sempre na sacola da cozinha, afinal, mulher é mulher e precisa de caprichos que nós não precisamos! Simples que era, agora complicou tudo."
É amigo, complicou... mas tem quem goste, eu gosto e desgosto. Tem seus prós e contras essa vida moderna de mulheres trabalhadoras, que, sem dúvida, estão se valorizando mais, em grande parte, mas também se afastando da própria essência e da vida familiar!
O resto da música de Caetano... apesar da conclusão que acho errada, merece destaque, por ser óbvia conseqüência.



"Você sabe explicar
Você sabe
Entender tudo bem
Você está
Você é
Você faz
Você quer
Você tem.


Você diz a verdade
A verdade é o seu dom
De iludir
Como pode querer
Que a mulher
Vá viver sem mentir..."



Então... muitos são os ensinamentos, as teorias: "É dando que se recebe..." "Lei do retorno!" "MERECIMENTO!"... faltam é ATITUDES.
Bjks, a gente se vê!




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Conteúdo desenvolvido por: Carmem Calmon Lacerda   
Trabalho e estudo Aromaterapia, Florais de Bach e Califórnia, Terapia do Barro (GEOTERAPIA) e Shiatsu Emocional. Sou Reflexoterapeuta e Fitoterapeuta. Muito confiante e feliz com o meu trabalho, faço com estudo e amor.
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