Todos nós temos medo da intimidade - Parte 2

Todos nós temos medo da intimidade - Parte 2
Autor Patricia M. Barros - [email protected]
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A verdade é que as pessoas que se enquadram em um dos padrões de comportamento mencionados anteriormente são inseguras e a solução para estes problemas é basicamente desenvolver a autoestima. Certa vez eu assisti ao vídeo que foi realizado para a formatura de uma turma do MIT - Massachusetts Institute of Technology - e uma frase me chamou a atenção: "Faça todos os dias algo que o assuste". Sim, este parece ser um aspecto importante para o desenvolvimento da autoestima! Mas este é um tema complexo, que já foi abordado por diversos autores de maneira abrangente. Não posso deixar de enfatizar apenas que a autoestima consiste basicamente em ter a coragem de ser você mesmo(a), sem se importar com as opiniões dos outros ou com a sociedade. Como dizem no grupo de ajuda mútua MADA, "primeiro eu"! Este é o começo de tudo, a autoestima!

Voltando a falar sobre os problemas surgidos na infância, não quero acusar os pais, pois todos nós estamos sempre fazendo o melhor que podemos no momento. E é claro que cabe aos filhos escolher o caminho que vão trilhar. Desde o momento em que temos alguma consciência podemos escolher em que acreditar e o que iremos fazer de nossas vidas.

Greg Behrendt, um dos autores do livro "Ele simplesmente não está a fim de você", afirma que a existência de homens que temem o compromisso afetivo é uma lenda urbana. Será? Eu já mencionei a frase de Osho: "Todo mundo tem medo da intimidade". Acredito que o mestre está com a razão. Behrendt também observa que de qualquer maneira os homens que não assumem um compromisso na verdade não amam as mulheres com quem se envolvem.  Bem, cada caso é diferente de outro... Então qual seria a atitude mais sensata a se tomar? Rosana Braga,  em seu artigo " Como fazer aquele caso se tornar um relacionamento sério?" observa o seguinte: "Claro que não precisa chegar intimando o outro a escolher entre assumir um compromisso com você ou desaparecer para todo o sempre. Não é isso! Estou sugerindo ações sutis, conversas na hora certa, perguntas que a permitam compreender quais são as verdadeiras intenções do outro. Enfim, com cuidado, sensibilidade e gentileza, é possível concluir se esse caso tem alguma possibilidade de se transformar em namoro ou se só servirá para fazê-la sofrer e se frustrar. Porque, no fundo, todos nós sentimos e sabemos a diferença entre uma situação e outra."

Nos grupos de ajuda mútua MADA - Mulheres que amam demais anônimas - recomenda-se às pessoas que o seu foco de atenção deixe de ser o outro e que passem a se concentrar em si mesmas. Como já observei, o lema é "Primeiro eu"! Outra orientação que é dada para os membros de um grupo MADA é que não é absolutamente necessário que uma pessoa se separe de seu(ua) companheiro(a), mesmo que esteja em um relacionamento não saudável. É claro que se a pessoa mudar algo na sua vida também mudará! O relacionamento pode acabar ou pode mudar para melhor.

É claro que eu não poderia deixar de mencionar a bela história contada no livro  "Alegria e Triunfo" : uma mulher havia se separado do companheiro e estava sofrendo, sentindo muita raiva. Ele havia dito que não a amava e que queria sair com outras mulheres. Esta moça procurou uma senhora espiritualista, que a orientou a mandar para o seu ex-namorado sentimentos de uma mulher de mármore. "Por que?" - a moça perguntou. "Porque um escultor disse que há um anjo dentro do mármore". "Muito bem, vou tentar" - respondeu a mulher. E ela passou a se esforçar para enviar bons sentimentos para o seu antigo companheiro. Um belo dia eles voltaram a se encontrar e se casaram. Ela escreveu para aquela senhora espiritualista contando que nunca conheceu um homem tão delicado. Sem dúvida é uma linda história, mas eu me pergunto se a maioria de nós, pessoas comuns, cheias de falhas, não teríamos muita dificuldade para chegar a sentir o amor incondicional (segundo a senhora espiritualista que orientou aquela moça, era esta a lição que ela tinha a aprender), ainda mais se estivermos próximas de alguém que de certa maneira nos rejeita...  É claro que é importante perdoar, procurar amar cada vez melhor, mas em certas situações o melhor é se afastar de uma pessoa que não te faz bem. Este é um critério fundamental: este relacionamento me faz feliz, me faz crescer como pessoa? Em determinados casos cultivar bons sentimentos a distância é a melhor solução, inclusive porque a proximidade pode tornar as coisas mais difíceis emocionalmente. Mas eu sei que muitas vezes é complicado conseguir ter esta atitude, pois a dependência pode estar presente. Qual é o melhor caminho? Concentrar-se em si mesmo(a) e investir na própria auto-estima, na própria evolução. Qualquer atitude saudável é válida! São boas alternativas entoar mantras, praticar meditação, orar, escutar CDs com mensagens construtivas, ouvir música, buscar o contato com a natureza, praticar atividades do gosto de cada um, enfim. Lembrei-me  do filme "Alguém tem que ceder". Depois de uma decepção amorosa a personagem de Diane Keaton decide estudar italiano. Este tipo de atitude realmente pode ajudar em um momento de crise. São maneiras de retornar a si mesmo(a). E é claro que é importante mandar boas energias para o outro. Neste ponto relembro as palavras do hoponopono: "Sinto muito. Perdoe-me. Eu te amo. Sou grato." Com estas palavras me despeço de você por ora, amigo leitor.


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Conteúdo desenvolvido por: Patricia M. Barros   
Sou jornalista e advogada. Atualmente sou funcionária pública e estudante de psicologia e psicanálise. Sempre me interessei por questões que envolvem comportamento e o desenvolvimento pessoal. Espero contribuir um pouco para o bem-estar e felicidade de algumas pessoas!
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