Em tese, sim. Mas as pessoas não são páginas em branco quando entram num relacionamento. Cada um traz muita coisa escrita na própria história, traz suas forças e fraquezas, medos e coragens, coisas que já aprendeu, que está aprendendo e que ainda não conhece.
No início da relação, quando esses dois livros de carne e osso se encontram, se atraem, se magnetizam e se “misturam”, os olhos brilham e o mundo todo é banhado por essa paixão gostosa – é quando o melhor Eu de cada um se manifesta. Não que ocultemos nosso lado B, necessariamente. Mas o estado de paixão é feito um ímã e vai puxando de dentro da gente energias equivalentes: o lado mais criativo, bonito, motivado, agradável e divertido que temos. Nos sentimos tão bem por ser quem somos que nos apaixonamos até por nós mesmos!
Com o tempo, descemos da lua-de-mel, voltamos à Terra e vamos entrando num estado de habituação, que é quando as coisas naturalmente se acomodam numa rotina que permite que a vida a dois se construa e crie raízes. Porém, é nessa fase que paramos de olhar pra esse melhor (em nós e no outro) e começamos a perceber que nem sempre a pessoa está de bom humor, nem sempre é adulta, nem sempre é tolerante ou generosa como no início. E, automaticamente, o ímã começa a puxar o pior de nós pra fora também. É quando o mundo vai perdendo a cor e os olhos perdem o brilho. Ambos se frustram e vem aquela sensação de “me enganei com o Fulano” ou “me decepcionei com a Beltrana”.
É o primeiro grande momento de desafio do relacionamento, porque das duas, uma: ou o casal descobre uma resposta criativa e amorosa para quando cada um mostrar os pontos fracos na convivência ou a frustração irá crescer, os silêncios substituirão o diálogo, os mal-entendidos aumentarão e o relacionamento tenderá a tornar-se uma caricatura do que foi, com cada qual deixando pra ser ele mesmo ou ela mesma com os amigos ou colegas, mas não com a pessoa amada.
Seja sincero, seja sincera: é o que acontece na sua relação com quem você ama? Se não acontece com você e o seu amor, erga as mãozinhas para o céu e cuide dessa verdadeira raridade que é o relacionamento de vocês... mas, com certeza, você conhece casais que passam por essa situação.
Tá, mas tem como reverter isso?
Tem – e vai depender, basicamente, de duas coisas.
Primeiro, que vocês dois reconheçam que isso aconteceu e acontece. Negar ou lutar contra o fato com o argumento de que não é bem assim, que o que pega é a correria do dia a dia, os filhos, as contas, a intromissão da família, mas que o amor de vocês segue intocado, é algo que não leva a nada, senão a mais frustração e distanciamento.
A segunda condição pra reverter a situação é querer enfrentar o ranço, desligar o piloto automático, o olhar rotineiro, a reação habitual, e descobrir a resposta de vocês dois para o problema. Não a resposta de um ou a resposta do outro – e cada um terá a sua resposta, cheia de razão – mas a resposta do “nós”.
Sentar juntos, desarmados, olho no olho, respirando devagar, e perguntar: “O que nós dois podemos fazer JUNTOS pra mudar isso? Qual a NOSSA resposta pra esse desafio?”
Já tentou isso? Vocês já tentaram?
Se vocês reconhecem o problema e se ambos querem enfrentar o ranço, tentem fazer isso.
O resultado será surpreendente.
Texto revisado
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