Trazemos a responsabilidade daquilo que percebemos, para nós mesmos, justificando com julgamentos inadequados, impressões erradas, coisa da nossa cabeça, menos sinais que a vida está nos alertando, intuição.
É muito ruim a sensação de impotência quando percebemos que: “tudo estava tão óbvio”, tão escancarado bem na nossa frente. Questionamos por quê? Como não vi? Que lentes existem nos olhos que não me permitiram enxergar? E com certeza, a resposta é sempre cruel: as lentes da falta de amor-próprio, baixa autoestima, falta de confiança em nós mesmos e até incredulidade! Nos subestimamos!
Sempre é mais fácil aceitar o que o outro diz ou o que queremos que seja verdade, e, não ouvimos a voz do coração.
Vivemos um momento de muitas separações, situações e pessoas desmascaradas pela vida e acontecimentos e só não vê quem não quer, quem prefere continuar iludido ou manipulado.
Já sabíamos que só ficariam ao nosso lado aqueles que estivessem na mesma sintonia, mas quando isso acontece com aqueles que nos são caros, o coração grita. Começa um grande trabalho de desapego, de tirar os véus, de aceitação. Ter um olhar justo para aqueles com quem convivemos durante anos, ou mesmo quem criamos.
Onde erramos? É a primeira pergunta. Depois de muito autoflagelo, muita culpa, muita tentativa de encontrar um erro em nós mesmos, damos de cara com a verdade nua e crua: “A CRIATURA É ASSIM!”
E é preciso aceitar também que o joio deve ser separado do trigo. Essa criatura com certeza irá se unir aos seus semelhantes e seguir o caminho que sua alma entende como certo, com a mesma essência de um espírito ainda não desperto.
O caminho de uma alma em evolução é reto; não existem atalhos, nem mentiras, nem difamações, muito menos manipulações. E quando a consciência que busca a expansão se depara com esse obstáculo, deve afastá-lo de sua vida sem dó. Mesmo que a dor seja grande ou que você escute de alguém preso na matéria e ignorante: “vocês tem que se unir” ...siga em frente, ouvindo a voz do seu espírito.
Nosso primeiro compromisso é com nossa própria evolução.
Quando voltarmos para casa do Pai, a primeira pergunta que vai ouvir é: “o que você fez por seu crescimento? Por sua expansão de consciência?
Os Seres de Luz compreendem todas as nossas limitações aqui na matéria e têm compaixão pela falta de amor em que vivemos, manifestada de várias maneiras pelos seres humanos. Estamos sempre misturando sentimentos com emoções, que são passageiras.
Devemos amar com intensidade primeiramente a nós mesmos e não aceitar nada menos que a essência divina manifestada nas pessoas com quem convivemos.
Atitudes harmonizadas com o espírito. Outras, recuse-se a conviver.
Aprender a ouvir a intuição como recados do universo ajuda a selecionar melhor com quem vamos nos relacionar. Chega de penitências desnecessárias.
Numa mensagem do Elohim Órion, Ele diz:
“Órion é Meu nome.
Quero colocar na frente de cada um de vocês um espelho que lhes mostre suas máculas espirituais, tristezas e doenças que cada um de vocês impôs à sua vida, impôs ao seu caminho, impregnou a sua alma de manchas.
O amor é o único poder que pode lhes mostrar as suas falhas; é o único sentimento que pode aflorar no homem e mostrar as suas diferenças, pois o amor é o único argumento divino.
Sem amor, aquele que lhe mostrar onde dói não poderá curá-lo.
Sem amor, aquele que apontar a sua falha será seu inimigo.
Sem amor, aquele que, com toda boa vontade do mundo, tentar ajudá-lo, somente afundará com esse outro ser.
Quando falamos de salvação, de libertação, falamos do poder da Chama Trina. Falamos de conceitos que não devem mais ser apenas conceitos, mas que devem ser daqui pra frente, atitudes práticas na vida do homem.
Portanto, pensem, sintam e vivam, através do amor”.
E para terminar, devemos escolher pelo amor -que não é apego- e observar que sempre somos avisados; precisamos só aprender a ouvir e ver aquilo que é tão óbvio: a voz do coração... essa não erra jamais!
Vera Godoy
Texto revisado
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