Ao entrar na pista, o cliente olha para os cavalos, são dois deles que o cercam no início da sessão.
O cliente diz: os cavalos se converteram em meu sistema. Digo ao cliente: estamos aqui para você!
O cliente inclina-se diante da força que emerge e que move o campo, consequentemente os cavalos lhe mostram algo além do saber.
Como terapeuta, ofereço presença e me recolho para que o cliente possa interagir com os dois cavalos. Desta forma, cada um de nós ocupa um lugar seguro no campo sistêmico e fenomenológico.
Um dos cavalos aumenta a distância e segue uma direção na pista; o cliente tem dúvida se o segue ou não, o outro cavalo não se move, fica parado.
Então, pergunto ao cliente: onde você se encontra agora? Ainda está desorientado?
Ele não me responde, mas consegue olhar para além do caminho que o cavalo indica e depois de um tempo, me diz: eu não tenho resistência aqui, quero segui-lo.
Nesse momento, ofereço uma “frase” para ele dizer ao cavalo: sim, permito-me ser guiado por ti.
Ele repete e acrescenta: obrigado, por me mostrar o caminho.
O cavalo pára, permitindo que ele o alcance e o abrace, depois disso o cliente caminha sozinho, seguindo a direção indicada pelo cavalo.
Concluímos a sessão neste momento, conjuntamente com os demais participantes, presentes no “amor que une e que em sua plenitude mostra apenas o essencial”.
Gratidão a todos meus professores e aos ensinamentos que me permitem atuar no campo da abordagem sistêmica. Sigo aprendendo e ensinando na escola da vida, confiando e “sintonizando las miradas” dos mestres cavalos.
(Marly Cordeiro - Facilitadora Trainer Coach) Lucero de la Cañada - Argentina
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