Dizem que a Terra hipnotiza os Espíritos que descem para viver mais uma encarnação aqui no chão; na verdade, não é o planeta que nos hipnotiza, e, sim, o Sistema social vigente em cada local onde chegamos para vivenciar mais uma passagem por aqui. Quem reencarna em um país começa a sofrer esse hipnotismo desde que instalou-se dentro do útero da mãe que escolheu, através dos pensamentos maternos, os seus sentimentos em relação a outras pessoas, em relação ao nenê, às coisas do seu entorno, às suas ideias e crenças a respeito de assuntos afetivos, sociais, políticos, espirituais, financeiros, os valores morais e éticos vigentes, a importância que as pessoas daquela casa, daquela família, daquele lugar, dão às coisas, o nenê vai começando a entender aquele idioma estranho, escuta e capta as conversas, os pensamentos, os sentimentos, da sua mãe com mais facilidade mas também do seu pai, dos familiares, das pessoas em volta, vai absorvendo a programação da TV, as músicas que escuta vindo lá de fora, o que acessam na Internet, muitas vezes sai do seu corpo e vai lá para fora ver como estão as coisas, fica pela casa, senta no sofá ao lado de quem simpatiza, deita na cama com a mãe, com o pai, vai conhecer seu quarto, sente se tem paz em casa, se tem briga, se tem alegria, se tem tristeza, vai junto no carro, ou no ônibus, ou no metrô, ou volita em volta se saem a pé, enfim, recém chegou do Astral onde o Sistema de vida é um Socialismo Espiritual e vai, aos poucos, conhecendo o Sistema aqui vigente, naquele núcleo familiar, naquele bairro, naquela cidade, naquele estado, naquele país. Esse é o hipnotismo que vai sofrendo dentro do útero e que continuará quando estiver lá fora, na vida.
Como as lembranças do Mundo Espiritual permanecem no corpo astral e no mental e sua Consciência vai, gradativamente, passando para seu corpo físico, aos poucos essas lembranças vão sumindo, permanecendo em seu Inconsciente, o que chama-se de Esquecimento, e tudo isso, externo, passa a predominar e a comandar as suas crenças, os seus desejos, os seus gostos, as suas metas. Dependendo do grau de cada Espírito, esse hipnotismo será encaminhado para o bem ou para o mal, para o positivo ou para o negativo. Dependendo das características que trouxemos conosco (Personalidade Congênita), que somam-se às características, ideias, conceitos, crenças, dos nossos escolhidos pais, da nossa eleita família, a cor da nossa pele, a classe social que escolhemos, o país onde reencarnamos, a religião predominante em nossa família etc., isso tudo vai formatando como que um esboço da nossa vida, um que iremos seguindo, mais inconscientemente do que conscientemente. Se esse é positivo, com grande possibilidade seguiremos um caminho reto e produtivo, se é negativo pode ocorrer o oposto, mas não é tão dicotômico assim, possui inúmeras graduações, além dos nossos karmas que fatalmente surgem, os retornos aos nossos atos do passado (criados por nós mesmos ou por Decreto Divino), os testes que “pedimos” para passar, as armadilhas da vida terrena, o livre-arbítrio (nosso e das demais pessoas), as “coisas da Terra” que não estavam programadas mas que ocorrem pela vontade, pelo livre-arbítrio de todos nós. Enfim, o hipnotismo fatalmente ocorrerá mas o que resultará dele irá depender de inúmeros fatores, o decorrer da vida é que dirá, e, claro, também, a nossa avaliação pós-morte.
Você, leitor, acredita que é homem, mulher, gay, bissexual, que é branco, negro, mulato, que é brasileiro ou de algum outro país, que é de origem italiana, portuguêsa, alemã, japonesa, que é católico, protestante, evangélico, que é judeu, árabe, e outros rótulos de sua “casca”? Preciso lhe informar que quando sua “casca” morrer, esses rótulos permanecerão ainda por um tempo, principalmente se você permanecer mais um tempo aqui na Terra ou for para o Umbral ou ficar flutuando no astral intermediário, mas quando voltar para o Mundo Espiritual (Plano Astral, Céu, Paraíso, período intervidas), após um tempo, esses rótulos começarão a desaparecer e você se perceberá ficando igual a todos que estavam lá há mais tempo, o que as religiões chamam de “Espírito”.
Depois de um tempo, voltamos para a Terra e começa tudo de novo, o hipnotismo volta a nos dominar e passamos mais uma vida acreditando que somos a nossa “casca” e os seus rótulos, até morrer, subir, percebermos novamente nosso engano e, assim, seguirmos em frente. Até quando? Até alcançarmos o grau de anciões espirituais, encontrarmos a Sabedoria dentro de nós e, como um ator que entra no palco para desempenhar um papel, para representar um personagem, não mais confundirmos o personagem com o ator, não mais acharmos que somos o personagem e, sim, que estamos atuando, mais uma vez, nesse grande Teatro da Vida Terrena.
Para entendermos bem a importância de nos libertarmos da ilusão dos rótulos das nossas “cascas”, basta pensarmos que o racismo e as guerras vêm daí. Mas, para isso, serão necessários séculos ou milhares de anos, até a humanidade alcançar um grau de maturidade, chegar na fase adulta de sua evolução, com a maioria dos seres humanos já tendo atingido esse estágio. Por enquanto, com o predomínio de Espíritos ainda na fase infantil ou adolescente inferiores de seu ego, estamos falando de uma utopia, mas lembrando que esse nome vem de um livro, de Thomas Morus, que fala de um lugar ideal, em que existe somente paz, amor, união, fraternidade, não existe mais violência, desigualdade social, miséria, fome. Utopia não é algo impossível, é algo difícil de alcançar, mas possível.
Para chegar-se a essa meta é necessário que as pessoas formadoras de opinião, as pessoas influentes, as que possuem visibilidade, as que dirigem a política, as que dirigem o sistema financeiro, as que dirigem os meios de comunicação, utilizem sua inteligência nesse sentido e não para angariar ganhos egóicos, visar apenas o lucro financeiro, o luxo, o “aproveitar a vida”. Um dia, a humanidade irá entender que o que causa a pobreza é a riqueza, e o fim da pobreza necessita, obrigatoriamente, passar pelo fim da riqueza, mas isso só irá ocorrer quando os ricos entenderem que, mais importante do que ser rico, é almejar que todos sejam iguais e que a felicidade proporcionada pelo desejo de criar a igualdade na Terra é infinitamente maior do que qualquer ganho apenas para si e os seus.
Mas o fim da riqueza nunca ocorrerá através da violência, isso já foi tentado várias vezes e nunca deu certo, pois as pessoas que assumem o poder, depois de um tempo, também desejam ser ricas, já se achavam especiais, passam a se achar ainda mais, começam a encastelar-se cada vez mais, elas e os seus e depois de um tempo transformam-se nos novos ricos e continua tudo igual. O fim da riqueza só ocorrerá com a evolução consciencial da humanidade, quando a sabedoria ultrapassar a inteligência, quando nos tornarmos adultos verdadeiramente, aí então o objetivo principal da vida será alcançar essa utopia que um dia, existirá, quando chegarmos ao estágio de anciões espirituais, sábios, fraternos, generosos, e as máximas de Jesus estarão implantadas na Terra: “Tratar os demais como queremos ser tratados” e “Não fazer aos outros o que não queremos que façam a nós”. Nesse dia, as Religiões não serão mais necessárias, o ser humano já estará religado ao Divino.
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