O que é espírito?

O que é espírito?
Autor Mauro Kwitko - [email protected]
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Nós utilizamos o termo Espírito para o aspecto energético sutil que anima o nosso corpo físico, por ser essa a denominação usual utilizada pelas religiões predominantes no Ocidente e de uso corriqueiro. Falamos, então, que nosso Espírito reencarna, que após a morte do corpo físico o nosso Espírito liberta-se e segue para o Mundo Espiritual, mas, na verdade, nós não somos um Espírito, e, sim, somos o Grande Espírito. Na Terra caímos na ilusão de sermos o nosso corpo físico, no Plano Astral da Terra caímos na ilusão de sermos um Espírito, quando, na verdade, nós somos o Todo. O que se chama de Espírito é uma micropartícula do Todo, tão afastada do Núcleo Central do Universo que esqueceu que é o Todo e passou a sentir-se individualizada, caindo, então, na ilusão da separatividade, e apenas quando recordar-se de que é Deus micro-manifestado começará a expandir a sua Consciência para além dos aparentes limites corporais e, gradativamente, começará a acessar outros Planos, outras Dimensões, onde sempre esteve mas não lembrava disso, pois o tempo todo acreditava-se apenas aqui. E, assim, irá libertando-se da sensação equivocada de estar afastada de Deus, e reaproximando-se do Centro do Universo, do Grande Sol Central (que possui um gigantesco cristal em seu interior), que tudo equilibra, tudo controla, tudo mantém. Todos nós estamos nesse Sol Central e em todos os Planos, em todas as Dimensões, todos nós somos Deus, mas essa micropartícula do Divino acredita que “abandonou a Casa Paterna” e, então, cá estamos, nesse planeta, na 3ª Dimensão, mas também estamos na 4ª, na 5ª, nas mais acima, estamos em todas as Dimensões. Nós somos o Todo, onde, então, não estamos? Ajudar-nos a nos libertar dessa ilusão (Maya) é a função principal da Psicoterapia Reencarnacionista avançada, alinhada à Filosofia oriental, muito mais do que uma Terapia de Reforma Íntima, similar às psicoterapias ocidentais, uma Terapia de libertação do comando do ego através de sua gradativa maturação. Mas o uso que cada um irá fazer dessa antevisão futurística, vai depender do grau evolutivo do nosso ego, cada um de nós entende, assimila e pratica o quanto alcança o nosso grau de entendimento consciencial.

O que se chama de Espírito não tem inferioridades, pois foi criado à imagem e semelhança de Deus, sendo, então, puro e perfeito. Quem tem inferioridades é o nosso ego. Não existe “evolução espiritual” pois o Espírito já é puro, sempre foi, o que existe é evolução do ego, desde um estágio infantil, depois um estágio adolescente, depois um estágio adulto e, ao final, o estágio ancião, o que leva centenas de milhares de anos. É dito que o Espírito foi criado simples e ignorante, algo que parece depreciativo, mas o que isso realmente significa? Simples porque é puro e ignorante da vida na Terra. Devemos todos retornar ao estado de simplicidade, voltarmos a ser simples, e irmos adquirindo a maestria em relação à vida na Terra (ego ancião) para que, de alunos, nos tornemos professores, como os grandes Seres que aqui estiveram e aqui estão nos sinalizam, através da retomada do poder das mãos do ego para o nosso Deus interior. Essa conscientização, de fundo oriental, mais profunda do que estamos acostumados a pensar e enxergar, é uma antevisão do futuro. No presente, pelo nosso ainda baixo nível consciencial, ainda em um estágio predominantemente infantil, adolescente ou adulto inferior do ego, as coisas continuarão sendo vistas assim por muito e muito tempo.

O que significa “Homem, conhece-te a ti mesmo!”? Um Espírito é uma micro-partícula do Todo que por estar muito afastada do Núcleo Central do Universo passou a sentir-se separada desse Todo e caiu na ilusão da separatividade, da individualidade. Deixou de sentir-se o Grande Espírito e passou a sentir um Espírito, e com isso foi atraída para planetas também muito afastados do Centro, onde deverá aprender a lição da libertação dessa ilusão. A vivência em planetas como o nosso, até libertar-se dessa ilusão, perdura alguns centenas de milhares de anos, mas não precisamos ficar com dó dessa micro-partícula pois, embora ela ache que está apenas aqui, ela é o Todo e está em todos os lugares, sendo o Todo onde poderia não estar?

A verdadeira Perfeição está no Núcleo Central do Universo, um gigantesco Cristal, luminoso irradiante, similar em sua composição ao que temos no centro do nosso cérebro, a pineal, mas, claro, infinitamente maior. É esse Cristal que “segura” todo o Universo, tudo gravita em torno dele, ele “domina” tudo, é o Criador e o Mantenedor do Equilíbrio e da Harmonia Universal. Tudo emana dele e após trilhões de anos, tudo retorna a ele; após mais alguns trilhões de anos, tudo vai desprendendo-se novamente, e esse ciclo é permanente e constante, é eterno e irrevogável. Sempre existiu e sempre existirá. O que chamamos de Deus é esse Cristal e Suas Emanações (Fase Yang e Fase Yin). Aqui no Ocidente chamam a isso de Big-Bang, é a mesma coisa. Os orientais encaram como algo espiritual, os ocidentais, como algo científico, é a mesma coisa.

As emanações na medida que vão afastando-se desse Núcleo Central, mal comparando com uma Rádio e as ondas de rádio, vão desintonizando-se e as emanações vão então, cada vez mais, perdendo a sintonia com a Frequência Original do Núcleo e, assim, tornando-se cada vez “menos perfeitas”, cada vez “mais irregulares”, como que perdendo a sintonia com o Centro, claro que isso nunca ocorre, mas as emanações vão se tornando mais e mais “autônomas”, até chegar a um ponto em que, como ocorre com a emanação que chamamos de “Espírito”, sentem-se, ilusoriamente, individualizadas e, onde estejam (no nosso caso, o planeta Terra) acreditam-se separadas das demais emanações, na verdade, nem recordando mais que tudo e todos são emanações de um só Núcleo. Essa ilusão cria o ego e, então, começa a ideia de “eu”, os “outros”, os “brancos”, os “negros”, os “americanos”, os “russos”, os “judeus”, os “árabes”, os “católicos”, os “evangélicos”, os “espíritas” e por aí vai. A consequência disso nem é necessário abordar. Uma ocasião perguntaram a um Mestre oriental qual a melhor maneira de lidar com os outros, ao que ele respondeu “Não existe os outros...”, é disso que estamos falando.

Na medida em que uma emanação (Espírito) vai libertando-se da ilusão de individualidade, vai desapegando-se de si (chakras inferiores) e vai subindo a Escada de Luz (Kundalini) que leva para níveis superiores de frequência, alcançando o chakra cardíaco (nobreza de intenções), o laríngeo (manifestação amorosa), o frontal (perspectiva superior), o coronário (Porta de acesso a outras dimensões) e os acima, gradativamente, vai subindo em frequência chakra após chakra, os chakras do corpo astral, do corpo mental, do corpo causal, do corpo átmico, do corpo búdico, do corpo adi, uma viagem de expansão da Consciência que leva milhões de anos, alguns aqui na Terra, outros em outros locais compatíveis com a expansão alcançada. Essa viagem de retorno à “Casa do Pai”, a “Volta do filho pródigo”, todas as emanações fazem, estejam sentindo-se onde estiverem sentindo-se, todas afastaram-se do Centro e todas irão retornar, nenhuma deixará de voltar. Após todas retornarem, com o Núcleo refeito, um dia, tudo recomeça.

Esse processo eterno são os Big-Bangs, são os Yin/Yang, que se repetem infinitamente, dentro de um Plano que não temos condições de entender ou decifrar. Qual a finalidade de virarmos uma Energia do tamanho de uma bola de golfe e um dia explodirmos e virarmos um Universo e depois virarmos novamente uma bola de golfe, um Universo, uma bola de golfe, um Universo, e assim para sempre? Ninguém sabe, mas não faz mal, vamos em frente.


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Conteúdo desenvolvido por: Mauro Kwitko   
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