Quantos conhecemos todos os dias, isto é um fato e não é uma situação ruim, tão pouco uma designação que possa ser de menos valia. É apenas o que é; mais nada; é o que realmente podemos ter de alguns membros da família. O que se faz necessário é entender como esta ‘coisa’ funciona, e ver que qualquer um de nós está sujeito ao mesmíssimo caso, afinal, acontece nas melhores famílias.
Veja só todos já ouvimos falar sobre irmãos e irmãs de papel e do coração, de muitas formas. Uma das mais conhecidas é a que circula pela internet via e-mail, via Facebook, Linkedln, Messenger, WhatsApp ou sabe-se lá por onde mais. O tema bem conhecido e meio dolorido quando estamos do lado certo, ou seja, do nosso lado, é só pensar um pouco.
Sabemos que escolhemos os amigos com quem temos coisas em comum e por tudo que nos toca com certas pessoas, e muitas vezes do nada. Por vezes acontece ‘meio por acaso’ e nasce a amizade que vai se tornando profunda. Algo difícil de manter longe, que permanecerá ‘colado’ a nós de uma forma ou outra. Um laço de ternura que independe de qualquer papel para provar que existe, forte, presente, constante.
São os irmãos e irmãs que escolhemos durante a vida, por algum lance especial ou em momentos que simplesmente os anjos dizem amém e nada mais; porém, unem duas pessoas ou mais para sempre. Isso não significa que permaneçam ‘grudadinhas’ todo o tempo, contudo serão sempre ‘irmãos e/ou irmãs’ de fé camaradas como aquela música descreve tão bem a situação.
O problema talvez apareça quando nós temos irmãos e/ou irmãs apenas do papel, e não aquele ‘fratello’ que vemos em filmes ou fazemos pela vida e isso comove e bagunça a alguns sentimentos. Porém é só pensar, para ver que predileção existe para tudo, então... por que não existiria entre os parentes?
Esta roda emoções e que vão e vem de uns para os outros não param e é preciso encarar esta forma de gostar, parafraseando a música – “toda forma de amar vale a pena, toda forma de amor valerá!”
Chatear-se por não ser este ‘ser fratello’ para alguém tão próximo pode mesmo ser sofrido, sendo assim a chave do negócio será fazer uma pergunta a nós mesmos, veja só: - também fazemos isso com outras pessoas? Todos podemos ter predileções por amigos que acabam por ocupar lugar de verdadeiros irmãos sem problema algum. Faz parte do crescimento humano, entender este tipo de afeto que se estabelece dentro e fora das famílias, sem que isso seja um desastre total.
Estou falando disso pois acabo de voltar da missa de 7º dia de meu irmão que fez questão de me deixar apenas no papel, afinal não teve como mexer na documentação. Um irmão que pouco brincou quando criança, pouco fez junto conosco enquanto a mãe “conseguia dobrá-lo” para tal. Sempre trancado em si e dentro da biblioteca da casa. Desde muito jovem já se dava melhor com os livros de filosofia; só jogava xadrez com os professores, até perceber que não eram tão bons assim. Cresceu assim mais só que junto e misturado com irmãos, primos, e mesmo amigos. Muito erudito para viver com outras crianças o que o afastou mais e mais, dia a dia.
Na juventude e na maturidade fez outras tantas opções, todas que o mais o distanciaram da família que outra coisa, sempre e só focado em coisas que pouco ou nada nos incluía. Vez por outra aparecia, com uma novidade ‘revolucionária’ que poderia mudar a vida de todos caso aderíssemos àquela nova ideia.
Bom, o que posso dizer, uma delas mudou a minha vida quando me apresentou à um inglês chamado Edward Bach e à Terapia Floral, o que foi ótimo, me trouxe novas possibilidades de trabalho. Então ... sempre podemos encontrar algo de bom se olharmos pelo ângulo certo em qualquer situação ou tipo de irmandade.
Irmãos e/ou irmãs de papel ou de coração serão sempre pessoas que estão lado a lado na vida de cada um. Assim como os irmãos de coração que permaneceram sempre por perto de meu irmão mesmo com seu gênio forte e opiniões quase que imutáveis; uma vez decidido, pronto decidido, a ideia petrificava. Ainda bem que a expressão dos afetos não congela e flui sempre entre amigos e irmãos do coração e amparam os que estejam necessitando. Oxalá todos mantenham irmãos de coração como ele os teve.
Assim sendo, ser irmão e/ou de papel é na verdade só um lugar que se ocupa ou no máximo é para um lugar que se pode olhar, parar, pensar e sentir. Tudo pode ocupar um lugar diferente vez por outra, até a gente. A melhor ideia é trocar afeto com quem se possa trocar, e aceitar os que não querem troca, mais nada!
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Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |