ALGO ALÉM DA SEPULTURA IV: EXPERIÊNCIA DE UM ROQUEIRO

ALGO ALÉM DA SEPULTURA IV: EXPERIÊNCIA DE UM ROQUEIRO
Autor Íris Regina Fernandes Poffo - [email protected]
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Um famoso roqueiro brasileiro, falecido em 1989, cantava mesclando poesia, ensinamentos filosóficos ocidentais e orientais, bem como críticas à sociedade. Tinha o hábito de beber e fumar em demasia desde a adolescência. Desejando emoções mais fortes, envolveu-se com outras drogas a ponto de prejudicar sua vida pessoal (separação da esposa e filha), sua carreira e sua saúde, até que teve um enfarte fulminante. O velório e o enterro foram acompanhados por multidões de fãs que, inconformados, choravam e cantavam suas canções. Fortemente ligado ao corpo físico, por causa da carga energética densa das drogas, pôde sentir tudo que se passava, conforme descrição a seguir:

 "A minha morte foi como um pesadelo. Senti um profundo torpor e perdi os sentidos. Depois de algum tempo recobrei a consciência, parecia estar bem até que percebi que algumas pessoas estavam me colocando dentro de um caixão. Tentei reagir, mas não consegui me mexer. Gritei dizendo estar vivo, mas ninguém me ouviu. Quando fecharam o caixão, dei murros na tampa tentando abri-la, mas meu esforço foi em vão... Tentei me levantar, mas não consegui. Muita gente debruçou sobre mim para chorar. O que eu poderia fazer? Já havia tentado de tudo para sair dali. A única explicação que eu encontrava para aquele fato é que eu estava realmente morto. Meu espírito estava preso e meu corpo já começava a cheirar mal. Diante da minha impotência, tive que aceitar aquela situação”. (1)

Por praticamente um ano ficou neste estado, pois ainda estava muito ligado à matéria. A vida passava diante da sua tela mental, como se fosse um filme de cinema. Reconheceu que havia se tornado vítima dele mesmo e não do sistema social e político que tanto criticava:

 “Em vez de atacar e ferir o sistema, eu deveria ter contribuído para transformá-lo... Levado pela revolta, eu percorri o caminho das drogas até encontrar a morte”... “Ela chegou antecipada! Veio convidada pela minha insensatez. Em vez de repousar em seus braços, ela agora fazia arder minha consciência... assim mesmo que eu me sentia, um suicida”! (1)  

Foi desligado do corpo físico(2) por alguém que vibrava na sintonia das drogas. Não foi um anjo de asas brancas que apareceu diante dos seus olhos. Era alguém com quem conviveu em vidas passadas! Não quis ficar perto dele. Liberto do túmulo saiu em busca de um lugar para tomar banho. Entrou em um motel que havia perto do cemitério e, ao ver como era o ambiente daquele lugar, cheio de espíritos viciados em sexo(3), saiu correndo. Vagou sem rumo, fugindo do assédio de outros espíritos que ainda continuavam ligados ao vício das drogas até que, cansado de sofrer, orou com sinceridade a Deus. Foi socorrido e levado ao Vale dos Drogados(4), onde poderia se recuperar.

Logo fez amizade com um grupo de jovens e juntos passaram a ajudar a quem estava em piores condições. Apoiando e sendo apoiado por ex-dependentes químicos, que buscavam a cura, aprenderam o valor do trabalho altruísta. Esses jovens, maioria de classe média e alta, relataram que seus pais lhes davam tudo do bom e do melhor (roupas, carro, dinheiro, equipamentos eletrônicos e cursos no exterior), porém não lhes davam afeto, não tinham tempo para ficarem juntos para serem amigos, pois estavam sempre ocupados com a vida profissional e/ou social. E foi ajudando aos outros que ajudaram a si mesmos. Foram resgatados por equipes de socorristas, acompanhados por amigos de outras vidas (5). Ele foi levado para uma colônia espiritual, onde completaria seu tratamento. O médico que o examinou, constatou que seu corpo espiritual e seus chacras estavam seriamente comprometidos pelo abuso das bebidas alcoólicas e das drogas que injetava e/ou cheirava. Parte do seu organismo poderia ser reequilibrada em pouco tempo, mas os danos causados ao fígado e ao baço ficariam registrados perispiritualmente, e provavelmente só seriam recuperados em uma próxima reencarnação (6).

Ele estava tão aberto ao tratamento que se recuperou rapidamente. Recebeu um pequeno apartamento para morar, onde encontrou vários livros para ler e melhorar seus pensamentos. Recebia visitas de amigos que levavam água fluidificada (energizada com fluídos vitais) e um tipo de sopa para se alimentar. Conversando com eles pôde compreender quem foi em outras vidas, onde errou e porque errou na última encarnação, e como poderia agir melhor de agora em diante. Quando estava mais fortalecido foi convidado a fazer vários cursos e a trabalhar ajudando pessoas necessitadas. Depois foi chamado para morar em outra cidade espiritual, onde se dedicaria ao projeto da elaboração de livros por meio da psicografia.

Esta experiência nos mostra os efeitos das drogas no corpo físico e espiritual, ao mesmo tempo que nos ensina que nenhum sofrimento é eterno, desde que haja humildade para reconhecer o erro, simplicidade para aceitar ajuda e força de vontade para querer se ajudar e seguir em frente.

Por Iris R. Fernandes Poffo – São Paulo/SP – outubro de 2017

Este texto foi retirado do livro: “Passagens entre mundos entrelaçados” de Iris R. F. Poffo e adaptado para a página do STUM.

Notas da autora:

(1) Trechos extraídos do livro “Um Roqueiro no Além” (1998) psicografado pelo médium Nelson Moraes, (1998).

(2) Desligamento do corpo físico: quando ocorre a morte do corpo físico, o desligamento dos laços que prendiam o corpo espiritual pode ser feito tanto por seres de luz como por seres das sombras. Tudo é questão de afinidade. Pelos nossos pensamentos e atos, podemos atrais boas ou más companhias. Neste caso, como era dependente químico e não buscava ajudar a si mesmo, viveu os últimos anos em sintonia com espíritos afins. Um amigo de vidas passadas, companheiro de bebidas e de drogas, mantinha o cantor ligado aos vícios para saciar seus desejos e depois o manteve “preso” ao cemitério, até que resolveu libertá-lo com a intenção de continuar subjugando-o.

(3) homens e mulheres que eram viciados em sexo, depois que desencarnam e não aceitam ajuda dos socorristas, saem em busca de casais que se relacionam de maneira “carnal”, isto é, sem nutrir bons sentimentos pelo companheiro ou companheira, em motéis ou prostíbulos, para “sugar” energia que é desprendida por eles nesse momento;

(4) Vale dos Drogados: como semelhante atrai semelhante, muitos dependentes químicos (não são todos), que faleceram por overdose, acidente de carro ou moto (pois haviam dirigido drogados e/ou embriagados), por brigas com facas ou armas de fogo, depois que desencarnam e não aceitaram ajuda dos socorristas, são atraídos para uma região chamada Vale dos Drogados, citado pelos autores espíritas André Luiz (ver, por exemplo, “Missionários da Luz”, psicografia de Chico Xavier) e Luiz Sergio (ver, por exemplo, “Driblando a Dor”, psicografia de Irene Pacheco Machado). Diariamente os socorristas visitam esta região oferecendo auxílio a quem desejar receber.

(5) Equipes de socorristas são formadas por trabalhadores da luz, os quais recebem treinamento teórico e prático nas colônias espirituais para ajudar aos espíritos desencarnados por meio de esclarecimento, desligamento do corpo físico, projeção de energias entre outros recursos empregados.

(6) Como toda ação gera uma reação, o corpo perispiritual traz marcas do uso de entorpecentes como hematomas nos locais onde aplicavam as picadas, deformidades nas narinas pela inalação do pó, danos aos sistemas respiratório, nervoso e digestório (principalmente ao cérebro e ao fígado). Ver o livro “Missionários da Luz” de André Luiz. Os leitores já se depararam com casos de crianças que apresentaram problemas hepáticos, renais, cardíacos e respiratórios sendo diagnosticado pelos médicos como má formação dos órgãos e/ou problema genético? Tendo tão poucos anos de vida, de onde poderia ter vindo esta enfermidade?




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Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo   
Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora.
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