Essas pessoas com predomínio do nível mental inferior tendem a ser pouco questionadoras e são facilmente seduzidas e manipuladas pelo Sistema baseado no lucro que ainda predomina em nosso planeta, não são más pessoas mas não conseguem diferenciar o usual do correto, nem o predominante do equivocado, e tendem a seguir o que é convencionado como o “normal da vida”. O seu modo de enxergar a vida está, ainda, um tanto longe dos conselhos de Mestre Jesus de “Não fazer a outro o que não queremos que façam a nós” e “Tratar os outros como queremos ser tratados”.
E, pior, algumas poucas pessoas, uma minoria, raciocinam através de uma faixa de pensamento ainda mais inferior em seu corpo mental inferior e não acham nada de errado em enganar, mentir, trapacear, roubar e até matar para alcançar suas metas e objetivos, pois acreditam que todas as pessoas fariam isso se estivessem em seu lugar. Algo como “o fim justifica os meios”, sendo que o fim é sempre alcançar um ganho material ou uma posição de destaque na pirâmide social. Essas pessoas podem apresentar traços ou serem realmente psicopatas, com um bloqueio no acesso ao seu coração, com a consequentemente transferência disso aos seus atos e condutas. Os seus pensamentos são autônomos, privados de bons sentimentos em relação aos demais e a finalidade maior de sua vida é tornarem-se milionários e poderosos, e usufruírem do que, na sua opinião, a vida oferece de melhor. O seu olhar é frio e sem expressão e a impressão que causam é que vivem apenas em seus pensamentos, sempre analisando a tudo e a todos do seu próprio ponto de vista e esse é sempre voltado para si mesmo, para o seu próprio benefício. É uma extrema minoria de pessoas mas com a sua inteligência a serviço permanente e ininterrupto de alcançar a sua meta, com grande frequência alcançam posições-chave na política e na área empresarial, oficial ou marginal, pois sempre tendem a querer estar onde está o dinheiro e o poder. Justificam-se interiormente de seus atos realmente acreditando que todas as pessoas são assim, pois os “óculos” através dos quais enxergam a vida possuem um tal grau de miopia que faz com que a sua visão não ultrapasse os seus próprios limites. Essas pessoas comandam o mundo e geram a desigualdade social, a miséria, a fome e a violência daí originada, incluindo as guerras. O seu umbigo é o centro do mundo. São dignas de compaixão e necessitam trocar de óculos.
A maioria das pessoas que são por elas comandadas, são também dirigidas pelo seu corpo mental inferior, mas possuem a chave do acesso ao seu coração, e são boas pessoas mas ainda infantis do ponto de vista consciencial e, como as crianças, querem apenas viver o seu dia-a-dia, sem uma amplitude de visão e metas que sobrepuje o que acontece em volta de si e dos seus familiares, amigos e colegas. São afetivos, são queridos, são carinhosos, estejam em que área for, socialmente aceita ou marginal, produtiva ou improdutiva, têm sentimentos de solidariedade, de justiça, de cooperação, mas os seus “óculos” enxergam apenas a algumas dezenas de metros e o que ocorre além desse limite não sentem que lhes diz respeito, embora fiquem indignados e tenham conceitos de justiça e injustiça, ainda tênues e esporádicos, que duram o escasso tempo em que a sua busca de auto-satisfação, cumprimento de tarefas e deveres cotidianos lhes impede de ultrapassar os limites de sua pequena abrangência consciencial. Os seus pensamentos são comandados pela “mãe” mídia, pelo “pai” e “irmãos mais velhos” de uma certa religião e, como todas as crianças, muitas vezes se rebelam mas como necessitam de uma mãe, de um pai e de irmãos mais velhos, sempre acabam por voltar e pedir atenção e proteção.
Finalmente, tão raros quanto a minoria que comanda o mundo, às vezes acessíveis, às vezes não, encontramos os utópicos, os sonhadores, cujos pensamentos advém do corpo mental superior. São os que vivem em um mundo interior de igualdade, de fraternidade, de solidariedade e de amor, que contrasta com a dura e cruel realidade externa, a qual são impelidos a pertencer e frequentar ou da qual afastam-se, com maior ou menor prejuízo à sua sanidade física e mental. São os artistas verdadeiros, cuja criação artística nasce do seu coração e não do seu bolso, os cientistas e pesquisadores que dedicam a sua vida a uma finalidade altruística, os verdadeiros religiosos que almejam apenas que as demais pessoas religuem-se aos seus aspectos divinos, e também muitas das pessoas que enveredam pelo caminho das drogas, lícitas e ilícitas, por terem esquecido o caminho que leva à porta que abre para o Jardim e vivam apenas da sala para a cozinha, daí para o banheiro, com passagens frequentes pelo porão.
Nesse cenário, com uma pequeníssima minoria comandando o mundo para os seus próprios interesses, ocupando cargos diretivos, uma maioria ainda frequentando os primeiros bancos escolares e uma outra minoria negando-se ou autodestruindo-se, como alunos relapsos e fugidios, a realidade da vida nesse planeta é a que atualmente predomina e que somente poderá mudar se todos encontrarem uma maneira de escutar o seu coração, de onde vem as Mensagens Divinas de paz, de amor, de fraternidade, de igualdade, de fim da desigualdade social e da violência sob todas as formas nas quais ela se manifesta.
Os dirigentes dessa Escola não têm tempo para buscar essa sintonia interior, envolvidos que estão com ganhos e lucros materiais, as crianças necessitariam encontrar o seu próprio adulto interno para não mais precisarem de pais, mães e irmãos mais velhos para lhes dizer o que fazer, e os alunos que sentam lá atrás na sala de aula e que manifestam sua desconformidade e rebeldia de uma maneira adolescente, equivocada, necessitam encontrar o seu Eu verdadeiro e relembrar a sua Missão, sufocada e amortecida pela tristeza, pela mágoa e pela inconformidade.
Como o Universo, que apresenta um Centro, de onde tudo originou-se e de onde emana uma Energia pura e perfeita, nós também temos um centro em nós, a glândula hipófise, um cristal no centro do nosso cérebro, que comanda o funcionamento do nosso coração e de todo o nosso organismo, físico e mental, mas que deve estar ativado e para isso necessita que nós saibamos disso e, através de um esforço permanente e concentrado, estimulemos e direcionemos a sua pulsação no sentido da Pulsação central do Universo, visando irmos nos colocando, novamente, em sintonia com a nossa Origem e de lá, venha, então, numa decorrência natural, o mapa do Tesouro: o Caminho que leva para o nosso coração, a chave da felicidade verdadeira, o início do retorno do “filho” ao “Pai”.
Todos podemos encontrar esse mapa, ele não está escondido nem é restrito a alguns poucos eleitos ou filhos especiais, pelo contrário, está à nossa inteira disposição, mas exige alguns esforços de nossa parte, que poucos estão dispostos a exercer, sendo o primeiro passo começarmos a nos libertar de nós mesmos, do nosso personagem, das nossas metas e objetivos pessoais, e nos endereçarmos para o bem comum, o que vai, gradativamente, nos refiliando a um Todo, do qual somos aparentemente uma ínfima parte quando, na verdade, somos a própria Totalidade.
O exercício de concentração nesse minúsculo cristal e a subida, degrau por degrau, em uma Escada iluminada que leva ao Topo do Mundo, faz com que, concomitantemente, consigamos encontrar o caminho que leva ao nosso coração e os nossos pensamentos comecem a ser dirigidos pelo Amor, pela Justiça e pela Fraternidade e comecemos a ser alunos atentos e aplicados, obedientes e submissos a um verdadeiro Professor, a nossa Consciência, uma pequeníssima porém imprescindível partezinha da Consciência Universal, que enxerga a todos, seres humanos ou não, como partes de Si.
Texto Revisado
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