Equilíbrio vital: uma necessidade (e um anseio) para uma pessoa altamente sensível

Autor Rosalira dos Santos - [email protected]
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Ouço muito esta palavra: equilíbrio. A maioria dos meus clientes inicia seu percurso de coaching declarando que um dos seus objetivos é encontrar o equilíbrio. Têm a sensação de viverem numa verdadeira montanha russa – emocional, energética, física, etc. – sentindo-se vulneráveis a tantos altos e baixos e sem conseguir explicá-los (ou entendê-los) muito bem.

Isso lhe parece familiar? Se sim, deixe-me dizer-lhe inicialmente uma coisa que considero muito importante: o equilíbrio é dinâmico. É um tipo específico de movimento e não um estado de imobilidade.  Lembra quando aprendeu a andar de bicicleta? Pois é, você descobriu esta simples, mas poderosa, verdade.

Dito isto, sim, o equilíbrio vital é uma necessidade para todos nós e mais ainda para uma pessoa altamente sensível, cujo sistema nervoso, devido a sua alta receptividade, responde de maneira intensa a todos os estímulos sejam internos ou externos.

Mas, antes de prosseguirmos deixe-me esclarecer o que entendo por equilíbrio vital e porque o considero um dos pontos mais importantes do meu trabalho com PAS. Quando uso a palavra “vital” estou falando de algo que vai além da questão das emoções apenas. Trata-se de algo mais profundo: a sensação de que, mesmo diante do turbilhão da vida, você está em seu centro.

Do meu ponto de vista, o equilíbrio vital inclui:

Vale salientar que, como dizemos em coaching ontológico, há uma coerência entre estes diferentes domínios. É por isso que, modificando qualquer um deles estaremos criando mudanças nos demais, mantendo-se assim a coerência do Ser que estamos sendo a cada momento. Mas, antes de tratarmos de como intervir em busca do equilíbrio vejamos porque nos é tão difícil atingi-lo.

Por que é mais difícil para nós?

Como talvez você já saiba, algumas das características associadas à alta sensibilidade, podem fazer com que encontrar este ponto de equilíbrio seja um desafio maior para nós.  Para exemplificar pensemos apenas nas quatro características centrais do traço:

Tudo isso nos predispõe ao estresse e torna mais difícil para nós alcançar (e manter) um estado de equilíbrio. Porém, se é verdade que para as PAS é mais complicado chegar a este ponto, também é verdade que, tendo em vista as mesmas características citadas acima, este é um esforço crucial para nós. Sem um trabalho consciente de gestão das nossas emoções, pensamentos e energia, tendemos a nos sentir permanentemente estressados, podendo facilmente chegar a estados crônicos de ansiedade e/ou depressão.

Aprender maneiras de gerir o traço da alta sensibilidade é um passo essencial no caminho rumo a este ponto de equilíbrio. Ser altamente sensível é parte de quem você é. É exatamente a partir da aceitação do traço, e da maneira particular como ele se manifesta em seu corpo e sua psique, que você pode começar a implementar as mudanças necessárias para alinhar o seu estilo de vida à pessoa que você realmente é. E com isso conquistar o desejado equilíbrio vital.

Uma das grandes dificuldades nesse processo reside na percepção equivocada de que todo este cuidado é um exagero e uma demonstração de fraqueza. Vejo isso em alguns dos meus clientes que relutam em fazer alterações na sua rotina para incluir o autocuidado. Tendem a acreditar, de forma consciente ou inconsciente, que este cuidado os torna “fracos”. E que é tudo uma questão de se esforçar um pouco mais para acertar o passo com os outros.

Se você também pensa assim, deixe-me esclarecer esta confusão com uma analogia. Pense na diferença entre as plantas que precisam de muita luz solar e aquelas que crescem à sombra. Nós não pensamos nas plantas de sombra como sendo “melindrosas” ou “fraquinhas” e nem que elas deveriam ser capazes de aguentar tanto sol como as outras. Pensamos simplesmente que elas precisam de cuidados diferentes para se desenvolverem, não é?

Por isso se você acredita que há algo de errado com você pelo fato de suas necessidades (em termos de sono, tempo de repouso, nível de estimulação, etc.) serem diferentes daquelas de outras pessoas, repense esta ideia. E tenha em mente que estas regras foram estabelecidas em função de uma maioria que percebe o mundo e se relaciona com ele de uma maneira completamente distinta da sua, ok?

Beijos e bênçãos,

Rosalira dos Santos

*Este artigo continua em “Equilíbrio vital: uma necessidade (e um anseio) para uma pessoa altamente sensível. #02”

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Conteúdo desenvolvido por: Rosalira dos Santos   
Life Coach, especializada em Pessoas Altamente Sensíveis (PAS). Criadora do "Programa Ame sua Sensibilidade". Apaixonada por mitologia, religiões antigas, gatos, florais e fotografia. Mas, acima de tudo uma PAS, como você. Para saber mais sobre a alta sensibilidade, visite meu site: www.amesuasensibilidade.com.br
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